O Ministério da Saúde lança hoje, em Brasília, o Plano Nacional de Enfrentamento da Epidemia de Aids e das DST com foco em gays e travestis. Na mesma ocasião, será lançado também o material educativo específico da campanha de prevenção para este público.
A iniciativa vem por conta de uma preocupação do Ministério da Saúde com relação ao crescimento do percentual de casos de aids entre homens gays e bissexuais de idades entre 13 e 24 anos, variando de cerca de 24%, em 1996, para aproximadamente 41%, em 2006.
A construção do plano parte da perspectiva de que a resposta nacional à epidemia não é uniforme no país. Segundo o documento, existem diferentes contextos de vulnerabilidade que contribuem para o aumento da epidemia. A homofobia, o uso de drogas, a aplicação de silicone por parte das travestis e o uso de anabolizantes são alguns dos fatores citados que podem influir no aumento ou da não-redução dos casos da doença.
Ainda segundo o documento, apesar do crescimento do número de casos de aids relacionados à transmissão heterossexual, não se tem observado a redução da transmissão do HIV por meio de relações sexuais entre homens. Desde o final dos anos 90, por exemplo, houve uma tedução de casos entre usuários de drogas injetáveis. O mesmo não se pode dizer em relação aos homossexuais.
O plano, que prevê ações até 2011, pretende formar equipes nos Programas Estaduais para atender as demandas do enfrentamento das DST/ AIDS entre gays, realizar ações educacionais com o intuito de reduzir as situações de vulnerabilidade relacionadas a homofobia, entre outros.
O cartaz do material informativo traz a imagem de um rapaz nu deitado sobre um monte de camisinhas com algumas cobrindo seu corpo e os dizeres “Faça o que quiser, mas faça com camisinha”.
O documento está disponível no site www.aids.gov.br, em “Documentos e Publicações”.