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Ministério da Saúde pede que teste de HIV pela saliva não seja usado como diagnóstico

O Ministério da Saúde emitiu nota onde recomenda que o exame feito pela saliva para se detectar o HIV não seja usado "neste momento com finalidade de diagnóstico".

Foi enviado comunicado às secretarias de Saúde dos Estados e municípios porque o teste de saliva, apesar de ser registrado na ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), ainda não está aprovado para integrar os protocolos brasileiros de detecção do vírus HIV.

Mas, o Ministério da Saúde enfatiza que tal comunicado não significa que o teste por meio da saliva, que emite resultado em 20 minutos, seja ilegal. Ele deve ser tratado como primeiro resultado. "Se der positivo, a pessoa só terá o diagnóstico definitivo após refazer o exame (de sangue) com o algoritmo oficial", declarou ao jornal Folha de São Paulo a diretora do Programa Nacional de Aids, Mariangela Simão.

O teste via saliva, o OralQuick, é oferecido por Ongs em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Cerca de 10 mil testes foram doados pelas empreas criadoras do exame, Bioeasy e Interamerica, responsáveis pela marca no Brasil. O dono da Bioeasy, Vinicius Pereira, declarou que o intuito do teste de saliva "não é diagnosticar o HIV, é fazer uma triagem da população testada e conscientizá-la da importância de realizar o exame".

Na mesma linha da nota do Ministério da Saúde, Vinicius disse que se o resultado der positivo o paciente deve ser encaminhado a um posto médico para realizar o segundo diagnóstico. Pereira admite que a doação feita as ONGs foi para divulgar o teste e disse que a saliva é mais interessante que o sangue.

O Fórum de ONGs/ Aids de São Paulo emitiu comunicado em que pede as ONGs do Estado a não incorporarem os teste rápidos por meio da saliva como diagnóstico. As organizações e o Ministério da Saúde avaliam que as empresas Bioeasy e Interamerica desejam conquistar o apoio de ONGs para pressionar o governo a incluir o teste via saliva nos documentos oficiais.

O governo federal já oferece testes rápidos de HIV, mas eles são realizados com sangue e custam R$6, já os exames feito com saliva custam R$60.

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