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Ministro da Saúde recebe transexuais e discute cirurgia de mudança de sexo

Na última quarta-feira (27/08), em reunião com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, representantes do Coletivo Nacional de Transexuais entregaram um documento com reivindicações sobre saúde integral do grupo e agradeceu pela publicação, na segunda-feira da semana passada (18/08), da portaria que regulamenta a cirurgia de mudança de sexo no Sistema Único de Saúde (SUS).

No documento, as transexuais pedem que sejam reconhecidas como mulheres. "Queremos ser acolhidas como mulheres e atendidas na ótica da humanidade e do respeito", disse a travesti Andréa Stefani do Coletivo Nacional de Transexuais. "Antes e depois da cirurgia de mudança de sexo, essas pessoas precisam de terapia hormonal e acompanhamento psicológico e psiquiátrico", complementou.

O diretor de Atenção Especializada do Ministério da Saúde , Alberto Beltrame, quer agora habilitar hospitais para que realizem o chamado processo transexualizador. "Não tenho dúvida de que a maioria das unidades de saúde consegue fazer a cirurgia. Mas essa é mais que uma questão técnica", lembrou. Beltrame sugeriu que o Coletivo auxilie na escolha e na avaliação dos hospitais.

Em carta após a reunião, o ministro Temporão defendeu que as transexuais sejam atendidas em hospitais destinados às mulheres. "O movimento social considera esse setor o mais adequado para o aporte necessário à execução qualificada do processo, em respeito a real identidade de gênero, bem como a devida integração das ações e procedimentos da cirurgia com a atenção básica", aponta o documento.

Indagada sobre o assunto, a responsável pela área técnica de Saúde da Mulher, Regina Viola, informou que sua equipe tem discutido sobre a melhor forma de receber as mulheres transexuais.

Em 2007, o Plano de Enfrentamento da Feminização da AIDS e outras DSTs foi a primeira ação governamental a considerar transexuais como mulheres.

Annie Leibovitz

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