A mobilidade urbana no Brasil é um tema de extrema relevância e, segundo Miguel do Rosario, um dos grandes problemas que o país enfrenta atualmente é a falta de um projeto nacional de infraestrutura focado em transporte sobre trilhos. A necessidade de trens de alta velocidade e sistemas de metrô e VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é urgente para melhorar a qualidade de vida das pessoas e facilitar o transporte de bens.
O autor destaca que o brasileiro atualmente vive um verdadeiro aprisionamento em seu próprio país, enfrentando dificuldades para se deslocar devido à falta de alternativas viáveis. O congestionamento nas cidades não apenas afeta a mobilidade urbana, mas também impacta negativamente a economia, dificultando o transporte de produtos essenciais, como alimentos.
Além disso, Rosario critica a falta de atenção da esquerda brasileira para este problema, que ele considera central, ao mesmo tempo em que observa que a classe média progressista, que possui acesso a meios de transporte mais confortáveis, ignora as dificuldades enfrentadas pela população mais vulnerável. O governo, em vez de investir em soluções inovadoras como trens e metrôs, parece priorizar a indústria automobilística, o que não atende às necessidades de uma população que clama por alternativas de transporte mais eficientes.
O autor ressalta que a segurança pública também está intrinsicamente ligada à mobilidade. Para que as cidades brasileiras sejam realmente seguras, é essencial desenvolver um sistema de transporte que possibilite o deslocamento rápido das forças de segurança.
A proposta de um projeto nacional de mobilidade é uma questão que requer urgência. Com as tecnologias disponíveis atualmente, é possível transformar a mobilidade de bens e pessoas em um prazo relativamente curto, se for adotada uma visão mais ousada e inovadora por parte do governo. A falta de um planejamento adequado, no entanto, pode levar a um aumento do descontentamento entre a população, que já demonstra um mau humor crescente em relação ao Estado e seus representantes.
Por fim, a movimentação da população em torno do tema da mobilidade é clara, e a falta de atenção dos políticos para esta questão pode resultar em um distanciamento ainda maior entre os governantes e a sociedade. A mobilidade urbana deve ser uma prioridade nas agendas políticas, para que o Brasil possa avançar em direção a um futuro mais sustentável e inclusivo.
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