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Moçambique terá seu primeiro encontro gay na próxima semana

Maputo, a capital de Moçambique, vai acolher pela primeira vez, na próxima semana, um encontro internacional de lésbicas, bissexuais, transexuais e feministas de 60 países, a maioria deles africanos.

Com o tema "Preparar Pensadoras e Líderes Feministas Lésbicas do Século 21: Uma Resposta Feminista ao Patriarcado e à Homofobia em África", o evento que acontece dos dias 25/02 a 29/02 é organizado pela Associação Lambda, a primeira organização moçambicana de defesa dos direitos dos homossexuais a surgir no país.

No encontro, que será em um dos principais hotéis de Maputo, "participarão mais de 80 mulheres de todo o continente africano" declarou Danilo Silva, presidente da comissão organizadora do evento à Agência Lusa.

Para Danilo, o fato de Moçambique receber pela primeira vez este encontro anual (o último aconteceu em Namíbia) "é muito importante, já que permitirá trocar experiências e dar mais-valias ao movimento gay e lésbico".

"Dá uma certa visão de que o país é acolhedor, por mais que não tenhamos leis ou direitos salvaguardados", considerou o presidente da Lambda, para quem o encontro poderá constituir "um despertar para a necessidade" de encarar a diversidade de orientações sexuais.

Atualmente, em 38 países africanos a homossexualidade é encarada como crime. No entanto, no país que sediará o encontro, a homossexualidade não é como crime por não estar tipificada como tal no Código Penal. N entanto há uma clausula penal criminalizando práticas contra a natureza, que, segundo o jurista Custódio Duma, da Liga dos Direitos Humanos (LDH) moçambicana, cada juiz “pode interpretar à sua maneira."

Apesar disso, até hoje no país ninguém foi condenado pela prática de homossexualidade, existindo apenas processos ligados a discriminação.

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