No dia 3 de março de 2025, uma resolução no Senado de Montana que visava se opor ao casamento entre pessoas do mesmo sexo foi arquivada na comissão de Justiça. A proposta foi apresentada pelo senador Rob Phalen, do partido Republicano, e buscava declarar que a decisão Obergefell v. Hodges, que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em nível federal, era incompatível com a Constituição dos Estados Unidos e com os princípios fundadores do país.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em Montana em 2014, após uma decisão judicial. A resolução, que não obteve aprovação devido a um empate de 4 a 4, recebeu apoio de líderes republicanos, mas também encontrou forte oposição. Mais de 20 pessoas se manifestaram contra a proposta, incluindo SK Rossi, representante da Coalizão de Montana contra Violência Doméstica e Sexual, que expressou sentir que o debate estava retrocedendo no tempo.
A deputada Zooey Zephyr, do partido Democrata, também se manifestou contrária à resolução, compartilhando sua experiência pessoal sobre seu casamento e o impacto positivo que teve em sua família. Zephyr destacou a importância do amor e do compromisso, enfatizando que a felicidade de sua família foi um momento especial em suas vidas.
Historicamente, em 2004, os eleitores de Montana aprovaram uma iniciativa que proibia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas essa lei foi revogada em 2014. Durante a discussão, representantes de grupos conservadores, como a MassResistance, que é considerada um grupo de ódio pela Southern Poverty Law Center, defenderam a resolução, alegando que a normalização das relações entre pessoas do mesmo sexo trouxe problemas de saúde pública. No entanto, pesquisas da American Psychological Association e dados do Center for American Progress demonstram que a orientação sexual não é uma escolha e que a comunidade LGBTQ+ enfrenta discriminação na área da saúde.
A defesa da resolução incluiu argumentos sobre a suposta necessidade de proteger a liberdade religiosa, com o advogado Derek Oestreicher, da Montana Family Foundation, afirmando que a decisão da Suprema Corte desconsiderou a vontade do povo de Montana. Apesar dos apelos de grupos contrários à resolução, que lembraram que o bem-estar das crianças não é afetado pela orientação sexual dos pais, a votação resultou na interrupção do avanço da proposta.
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