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Morre Betty Lago aos 60 anos; relembre declarações da atriz pró-LGBT

O mundo perdeu neste domingo (14) a atriz, modelo e apresentadora brasileira Betty Lago, vítima de câncer na vesícula aos 60 anos. Ela lutava contra a doença há três anos e morreu em sua casa no Rio de Janeiro.

+ Assista Betty em campanha contra a LGBTfobia

Conhecida pela beleza "exótica" – como era catalogada na moda do mundo – Betty também fazia sucesso pelos papeis humorados na teledramaturgia, sobretudo nos textos de Carlos Lombardi. Quem não se lembra de Abigail, de Quatro por Quatro, ou como Carlota Joaquina, de O Quinto dos Infernos?

A atriz também deixa saudades pela personalidade forte, franca e ao mesmo tempo acolhedora na vida real. Nas declarações que fazia a vários veículos, como o Saia-Justa, do GNT, comumente abordava a questão LGBT e outros temas considerados tabus. Frisava que já teve vários homossexuais em sua vida amorosa e que odiava a homofobia.

"Já namorei muito viado", dizia. Muitas vezes, os politicamente corretos apitavam e ela respondia: "Não sei a diferença de homossexual pra viado, porque quando você passa a falar viado de outra maneira, como eu falo, a gente tira a ofensa, ressignifica a palavra. Aliás, e chamo todo mundo de viado o tempo todo. Eu sou viado".

Em 2008, se envolveu em uma polêmica ao dizer que as pessoas que mais vão ao show de Madonna são gays, barbies e lésbicas (relembre aqui). E não é não? E no último ano declarou que as festas de goys – as pessoas que se dizem homens héteros e que só se relacionam com outros homens héteros – "deveriam ter um grande armário como decoração". 

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Recentemente, Betty participou de uma campanha contra a homofobia e a transfobia da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro. Nela, vários artistas dizem que o preconceito é problema de todo mundo e fazem um verdadeiro coro contra os crimes motivados pela orientação sexual e identidade de gênero.

Desta vez, em uma de suas últimas entrevistas, exibida pelo Video Show, da TV Globo, afirmou que a pior palavra para se falar e combater é a homofobia. "Tão horrível o Brasil ter o maior número de mortes por homofobia. Nossa, é uma palavra tão feia, que eu não gosto de falar", declarou. Hoje é a vez de os fãs LGBT e os demais chorarem a sua morte.

Ao todo foram 15 novelas, 10 séries, 7 filmes e pelo menos 5 trabalhos como apresentadora. Aliás, o GNT vai exibir os programas inéditos de "Desafio da Beleza" gravados por Betty e prepara várias homenagens ao longo das atrações que a atriz já participou. RIP Betty Lago.

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