Um trágico evento abalou a comunidade LGBTQIAPN+ neste domingo, 29 de dezembro de 2024, com a confirmação da morte de Andrei Kotov, um organizador de viagens voltadas para este público, encontrado sem vida em uma cela de prisão em Moscou, Rússia. De acordo com informações da fonte policial, Kotov teria cometido ‘suicídio’ enquanto estava sob custódia, após ser classificado como ‘agente estrangeiro’ no início de dezembro. Ele era o responsável por uma agência de viagens que promovia experiências para a comunidade LGBTQIAPN+ na capital russa, conhecida como Men Travel Tourist Club.
A notícia de sua morte surge em um contexto de crescente repressão à comunidade LGBTQIAPN+ na Rússia, que enfrentou uma intensificação da hostilidade governamental nos últimos anos. Em novembro do ano passado, a Suprema Corte russa proibiu o que eles chamam de ‘movimento internacional LGBT’, rotulando-o como uma organização ‘extremista’. Essa decisão se alinha a uma série de ações que visam silenciar vozes e atividades que defendem os direitos da comunidade LGBTQIAPN+ no país.
O relato da polícia sobre os cortes encontrados no corpo de Kotov levanta questões sobre as condições de detenção e o tratamento de prisioneiros, especialmente aqueles pertencentes a grupos marginalizados. A triste realidade é que muitos membros da comunidade LGBTQIAPN+ na Rússia vivem em um estado constante de medo e perseguição, com suas identidades e direitos frequentemente ameaçados.
A morte de Andrei Kotov serve como um lembrete sombrio da luta contínua pela igualdade e pelos direitos humanos em um dos países onde a discriminação contra a comunidade LGBTQIAPN+ é institucionalizada. É essencial que as vozes que clamam por justiça e respeito à diversidade não sejam silenciadas, e que a comunidade internacional mantenha a pressão sobre a Rússia para garantir que os direitos humanos sejam respeitados e protegidos.
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