Muhsin Hendricks, o primeiro imã muçulmano abertamente gay do mundo, foi encontrado morto na África do Sul após um ataque a tiros. O trágico incidente ocorreu no sábado, dia 15 de fevereiro, quando o veículo em que ele estava foi emboscado nas proximidades da cidade de Gqeberha. Segundo relatos da polícia, dois suspeitos com os rostos cobertos saíram de um carro e dispararam diversas vezes contra o veículo de Hendricks, que estava sentado no banco de trás.
Hendricks, que dirigia uma mesquita inclusiva em Cape Town, tinha a intenção de criar um espaço seguro para muçulmanos gays e frequentemente falava sobre a importância da fé para pessoas LGBTQ+. Sua morte ocorreu logo após ele ter oficiado um casamento lésbico, embora essa informação ainda não tenha sido confirmada oficialmente. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que um veículo bloqueou a saída do carro de Hendricks, permitindo que o agressor se aproximasse e atirasse.
Julie Ehrt, diretora executiva de uma organização internacional LGBTQ+, pediu uma investigação minuciosa sobre o caso, temendo que se trate de um crime de ódio. Ela ressaltou a importância de Hendricks como mentor para muitos muçulmanos LGBTQ+ na África do Sul e no mundo, citando sua vida como um exemplo de como a solidariedade entre comunidades pode trazer cura.
Hendricks fez sua revelação sobre ser gay em 1996, o que causou choque na comunidade muçulmana local. Em resposta, ele fundou a “The Inner Circle”, uma organização que oferece apoio e espaços seguros para muçulmanos queer. Ele também estabeleceu a mesquita inclusiva Masijidul Ghurbaah no subúrbio de Wynberg, em Cape Town, onde atuou até sua morte. Sua contribuição para a comunidade LGBTQ+ muçulmana é inegável e sua perda é sentida profundamente por todos que lutam por aceitação e amor em suas vidas e fé.
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