No dia 5 de abril de 2025, São Francisco se tornará o epicentro de uma celebração vibrante de arte e resistência LGBTQIA+ com a Mostra Internacional Drag King Queer, em colaboração com o Jambuceteio. Este evento, que acontecerá no El Rio, das 15h às 20h, promete ser uma verdadeira ocupação cultural, destacando a expressão de identidades dissidentes em um momento crítico marcado por retrocessos políticos e ataques a comunidades marginalizadas nos Estados Unidos. A Mostra reúne artistas drag kings e queer de diversas partes do mundo, desafiando a normatividade da cena drag tradicional e propondo um novo imaginário onde arte e ativismo se entrelaçam.
O Jambuceteio, por sua vez, é uma festa brasileira que simboliza acolhimento e celebração, especialmente para a comunidade LGBTQIA+ imigrante, especialmente a latino-americana. Juntas, essas iniciativas constroem um espaço de resistência, afeto e insurgência cultural, em resposta ao retorno de Donald Trump ao poder e ao fortalecimento de políticas anti-imigração e LGBTfóbicas.
A parceria entre a Mostra e o Jambuceteio não é apenas uma celebração, mas uma resposta contundente às forças reacionárias, criando uma coalizão radical entre corpos dissidentes que se recusam a ser silenciados. Enquanto discursos de ódio se fortalecem, a arte e a coletividade se tornam trincheiras de resistência. O evento contará com performances, música, tatuagem, culinária e um workshop inclusivo, proporcionando um espaço onde a arte drag é vista como uma ferramenta de transformação e afirmação de identidade.
Além disso, a Mostra realizará uma cobertura especial do Jambuceteio, criando um arquivo vivo da resistência queer brasileira e latina nos EUA, documentando as histórias, afetos e estratégias de sobrevivência da comunidade. A equipe de registro será treinada para garantir a segurança e o anonimato dos entrevistados, respeitando o contexto político de medo e violência que muitos enfrentam.
O Planeta FODA, uma plataforma da Mídia NINJA voltada para a comunidade LGBTQIA+, será fundamental na divulgação dessa parceria, atuando como uma ponte entre os movimentos de resistência queer nos EUA e o público brasileiro. Com uma rede ativa de comunicadores independentes, o objetivo é amplificar as vozes da diáspora queer brasileira, desafiando a narrativa oficial e promovendo o direito à memória e à denúncia.
A Mostra e seus parceiros estarão atentos a cada nova política que impacte as comunidades imigrantes e queer, transformando cada ato de violência em denúncia coletiva e articulação internacional. A proposta é criar um novo imaginário que valorize as expressões artísticas que nascem à margem, reafirmando a importância da arte drag como forma de resistência e construção de futuros mais justos. Esta celebração em São Francisco não é apenas um evento; é um manifesto pela visibilidade e liberdade da arte queer, um grito por um futuro onde a diversidade e a inclusão sejam normas, não exceções.
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