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Movimento gay: para andar ou para manter?

No ultimo dia da conferência da Ilga que rolou em Curitiba e felizmente pude ir cobrir, eu, Dimitri Sales, Caio Varela e Leo Mendes batemos um papo pra lá de polêmico e longe de ser unânime.

Já naquela altura falávamos do todo do evento e o que tinha sido toda aquela movimentação em torno de idéias. Do Brasil a Nicarágua, do Chile a Trinidad. Enfim, falávamos sobre pra onde estamos indo e o que queremos.

Na verdade: qual é a do movimento gay?

Sinceramente, principalmente no Brasil, tenho notado uma parcela forte de grupos que lutam pelo casamento, mas não como inclusão do coletivo no reconhecimento aos olhos da constituição, mas lutam por algo assim digamos narcisista e individual. E o problema surge aí.

Não tenho problemas com quem deseja casar, ou manter união civil. A maioria dos meus amigos o deseja. Mas me incomoda a idéia de um casamento gay dentro de instituições que tanto mataram ao longo da história, que até hoje subjugam as mulheres e classificam os LGBT como doentes, pervertidos, pedófilos e um atentado contra a natureza.

Já disse inúmeras vezes a amigos: como pode você homossexual querer selar uma união dentro de um recinto que o vê como doente?

Meu sábio pai sempre diz: filho estamos em um país religioso, o mundo inteiro se guia pela religião e ela, no fundo, faz bem para as pessoas, elas precisam da fé pra encarar a vida. Com isso ele quer me explicar os anseios religiosos de amigos.

Chamam-me de chato, mas não desce.

Homossexuais casando dentro de uma igreja é a normatização total de uma comunidade que deveria estar para transformar aquilo que chamamos de comportamento sexual e não se adequar aos comportamentos "bem vistos".

Voltando ao movimento. Sinto que, quando alguns direitos forem adquiridos parte do que hoje está aí vai desaparecer.

Casar dentro de uma igreja é andar pra frente?

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