O movimento gay de Madrid, capital da Espanha, se reuniu no sábado (03/10) para protestar na porta da sede do Partido Popular (PP). A manifestação, que foi organizada pela Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transexuais e Bissexuais (FELGTB), se deu pelo fato do partido em questão ter apresentado uma emenda para tornar o casamento entre pessoas do mesmo sexo inconstitucional.
Os manifestantes acusaram o Partido Popular Espanhol de ser "racista, homofóbico e fascista". Segundo os organizadores não é mais possível "fechar a porta do armário na Espanha, pois ela já está aberta". Entre outras coisas, a Federação redigiu uma carta pública.
No documento a entidade denuncia a "confusão" que o PP armou, que os argumentos usados são distorcidos e que assim estão sendo passados à sociedade espanhola. Na mesma carta, a organização LGBT pede ao partido que "retire o recurso" e que isso seria um "acerto de contas" com a sociedade espanhola, especialmente com os gays, lésbicas, transexuais e bissexuais, e "todos nós ficaríamos muito gratos", conclui o manifesto.
Como não havia ninguém na sede do PP, os manifestantes passaram a carta por debaixo da porta. No documento eles também fizeram um retrato dos benefícios que a lei da união civil gay garantiu às comunidades da França, Alemanha e Reino Unido, para que os parlamentares do Partido Popular se contextualizem a respeito dos diretos LGBT na Europa.