Bruselas, 12 de abril de 2025 – A recente mudança na postura do governo de Rodrigo Chaves em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia gerou reações na União Europeia. Anitta Hipper, porta-voz de Assuntos Exteriores da Comissão Europeia, afirmou que é essencial chamar um agressor pelo que realmente é: “Rússia é o agressor. Rusia iniciou esta guerra, e para nós está muito claro: a Rússia deve pagar”. Essa declaração foi feita em resposta ao voto de abstenção de Costa Rica em uma resolução da ONU que condenava a invasão russa, um ato que surpreendeu muitos, já que o país havia sido copatrocinador da proposta inicialmente.
O governo de Costa Rica se absteve de apoiar a resolução que qualificava a invasão da Rússia como uma “invasão em larga escala”, mudando sua posição em um momento crucial. Durante uma sessão com a imprensa da América Latina, Hipper destacou que o apoio da União Europeia a Ucrânia vai além de simbolismos, traduzindo-se em bilhões de euros destinados a ajudar o país a enfrentar a agressão russa. Ela mencionou que a UE já havia contribuído com cerca de 140 bilhões de euros, incluindo 50 milhões de euros em assistência militar, e que pretende aumentar esse apoio.
“A Europa se uniu mais do que nunca em resposta às ações de Putin, e emitimos 16 pacotes de sanções contra a Rússia”, acrescentou Hipper. A mudança de postura de Costa Rica também foi apoiada pelo chanceler Arnoldo André Tinoco, que, em uma reunião da Assembleia Legislativa, justificou que a resolução ucraniana não trazia inovações e que outros países, como México e República Dominicana, também votaram a favor da proposta dos Estados Unidos.
Além disso, Hipper ressaltou que qualquer paz a ser alcançada deve ser justa e duradoura, destacando que não se pode confiar em Putin ou na Rússia. O papel dos Estados Unidos, que está pressionando por um desfecho favorável ao país, foi mencionado como um fator importante, especialmente considerando a recente pressão de Donald Trump por um acordo que beneficie economicamente seu governo através de royalties sobre recursos ucranianos.
Assim, o cenário no qual a Ucrânia se encontra é complexo e repleto de nuances, onde alianças e posturas internacionais continuam a impactar diretamente a luta do país pela sua soberania e integridade territorial.
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