Em uma mudança significativa no aplicativo Messenger, o Facebook, sob a direção de Mark Zuckerberg, modificou o nome de temas que fazem referência à comunidade LGBT+. Três temas foram alterados: ‘Orgulho’ agora é chamado de ‘Arco-Íris’; ‘Transgênero’ foi renomeado para ‘Algodão Doce’; e ‘Não-Binário’ passou a ser ‘Pôr do Sol Dourado’. Essas alterações, que ocorreram em 8 de janeiro de 2025, levantam preocupações sobre o alinhamento da empresa com pautas que deslegitimam a existência de identidades LGBT+.
O pesquisador Ergon Cugler, especialista em desinformação, criticou essa mudança, afirmando que ela representa um movimento mais amplo em direção a um autoritarismo digital. Ele argumenta que essa transformação não se limita a uma simples questão de design, mas está conectada a uma estratégia política que visa restringir os direitos e a visibilidade das minorias. Ao substituir termos significativos por referências que minimizam a identidade LGBT+, a Meta parece ignorar a importância cultural e social dessas designações.
Além disso, as recentes políticas da Meta, que incluem o fim da checagem de fatos, refletem uma crescente parceria com ideais conservadores, ecoando a retórica da extrema direita. Cugler enfatiza que essa situação é um aviso sobre a necessidade de vigilância crítica em relação às decisões das Big Techs e seu impacto nas democracias. Ele destaca que, mesmo que a narrativa apresentada por Zuckerberg sugira um fortalecimento da voz do usuário, na prática, isso pode resultar em uma maior disseminação de desinformação e discursos prejudiciais.
Essa mudança de nomenclatura no Messenger e o alinhamento da Meta com pautas conservadoras são um lembrete da luta contínua pela visibilidade e pelos direitos da comunidade LGBT+. A comunidade deve permanecer atenta e engajada, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas em todas as plataformas digitais.
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