Após a decisão de remover a proibição de doação de sangue de homens gays na Nova Zelândia, há um crescente apelo para que a Austrália siga o mesmo caminho. A Medsafe, autoridade de saúde da Nova Zelândia, confirmou que mudará a forma como os doadores de sangue e plasma são avaliados, com a implementação final prevista para o próximo ano. Atualmente, homens gays e bissexuais, assim como homens que fazem sexo com homens, são impedidos de doar sangue, a menos que se abstenham de relações sexuais por pelo menos três meses. Contudo, essa restrição está prestes a mudar com novas propostas que foram aceitas, permitindo que o Serviço de Sangue da Nova Zelândia comece a coleta em 2026.
Esse avanço tem o potencial de aumentar o número de doações e ajudar milhares de pessoas necessitadas. Na Austrália, a campanha “Let Us Give” está pressionando para que o governo adote uma abordagem semelhante, elogiando as mudanças na Nova Zelândia. Atualmente, os australianos enfrentam as mesmas restrições que seus vizinhos neozelandeses, com a exigência de três meses de abstinência antes de doar sangue, o que é considerado baseado em medos ultrapassados em relação ao HIV.
Rodney Croome, porta-voz da campanha, expressou sua satisfação com as mudanças na Nova Zelândia e pediu que as autoridades australianas façam o mesmo rapidamente. “Parabenizamos as autoridades de sangue da Nova Zelândia por tomarem uma medida que resultará em uma nova fonte de sangue seguro para os neozelandeses e reduzirá a discriminação na coleta de sangue”, afirmou.
Ele também ressaltou que a Nova Zelândia agora se junta a países como o Reino Unido, EUA e Canadá, que avaliam todos os doadores com base em seu risco sexual individual, em vez de barrar grupos inteiros sem considerar a situação individual. Croome concluiu que a Austrália corre o risco de manter um sistema de coleta de sangue arcaico, ineficiente e discriminatório se não agir. A campanha “Let Us Give” afirmou que o Serviço de Sangue da Cruz Vermelha australiana pediu ao regulador do governo, a Administração de Bens Terapêuticos, que revogue a atual proibição e permita a avaliação dos doadores com base em seus riscos pessoais.
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