Gayle Newland, de 27 anos, foi considerada culpada pela justiça britânica em três acusações de agressão sexual com penetração ao transar com amiga fingindo ser um homem. A ré deverá cumprir seis anos e meio de prisão, conforme determinação do júri de Manchester, no Reino Unido, aprovada na quinta-feira, 20. Gayle criou um perfil falso no Facebook em 2011 com o nome de Kye Fortune, onde conheceu a vítima, com quem manteve contato fingindo ser outra pessoa até 2013, quando ambas marcaram um encontro pessoalmente. Entretanto, de acordo com a acusação, Newland insistiu que a amiga vendasse os olhos para o encontro. Vendada, as duas mantiveram relações sexuais pelo menos dez vezes antes que a mulher percebesse que Kye, na realidade, era do sexo feminino, e que a penetração era feita com um pênis falso. Em 2015, o tribunal britânico havia condenado Newland a 8 anos de prisão, mas a mesma recorreu da decisão. À época, o juiz do caso descreveu a jovem como “Uma mulher mentirosa, intrigante e muito determinada”. De acordo com laudo psiquiátrico, a condenada foi diagnosticada com transtorno de identidade de gênero, ou seja, uma dissociação entre sexo biológico e a identidade de gênero com a qual a pessoa de fato se identifica. Em sua defesa, a ré disse que a outra mulher sempre soube de sua identidade falsa e que tudo fazia parte de um jogo para explorar a sexualidade.