Uma mulher transexual ganhou na Justiça a indenização de R$ 15 mil do Banco Bradesco, onde foi constrangida na porta giratória de uma agência em Belém, no Pará.
+ Jovem de 17 anos é agredido pelo pai e irmã ao revelar que é gay
Ela, que prefere não se identificar, afirma que foi impedida de entrar no banco por um segurança com a justificativa de estar portando algo de metal. Ela conta que teve a bolsa revistada pelo segurança, que precisou tirar os sapatos e que precisou se despir em meio aos demais clientes.
A cliente do banco é uma caminhoneira e estava em Belém para fazer um depósito para o filho, que mora em Jataí, no interior de Goiás. Depois de meia hora, ela precisou se despir para que outro funcionário a liberasse.
+ O que aprendi com Claudia Wonder (1955-2010)
O processo foi julgado pela 8ª Vara Cível da Comarca de Goiânia , onde a vítima mora. O banco tentou recorrer, alegando que o "simples travamento da porta giratória eletrônica se constitui um contratempo" e que seria um "preço pequeno a se pagar pela segurança".
O desembargador Gerson Santana Cintra afirma que houve configuração de ofensa à honra da cliente. O Banco não quis comentar sobre o assunto.