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Na Malásia, a homossexualidade é punida com 20 anos de prisão

Assim como na península de Aceh, na Indonésia, vários estados da Malásia são regidos pela Sharia, lei local baseada nos princípios islâmicos, e que utilizam o alcorão como principal fonte de consulta nos quesitos concernentes à jurisdição, ou seja, formação das leis. Segundo o jornal espanhol El Pais, na Malásia a homossexualidade é considerada crime passível de 20 anos de detenção para aqueles que forem pegos mantendo relações sexuais “contra natura”, ou seja, que não seja entre homem e mulher. Assim como na província de Aceh, nos estados malaios onde a Sharia vigora, não obstante a prisão, os “criminosos” são açoitados em praça pública, como forma de humilhação. Em 2017, o caso de um estudante de 18 anos, brutalmente assassinado por supostamente ser homossexual, gerou revolta de ativistas locais. O jovem foi surrado e em seguida carbonizado por vários colegas de classe que o chamavam, pejorativamente, de “pondan”, termo local usado para se referir a homens gays. Recentemente, o principal jornal malaio, Sinar Harian, publicou um artigo se propondo a ensinar seus leitores a identificarem homens ou mulheres com “comportamento homossexual”. No texto, o noticioso chega a afirmar que a barba é uma característica de homens gays. O cerco à comunidade LGBT, entretanto, vem de longa data. Em 2015, o governo proibiu as pessoas de se travestirem ou se identificarem como travestis. Em dezembro de 2017, o estado de Terengganu anunciou um plano para ajudar mulheres transexuais a se reconverterem mediante um tratamento terapêutico. Também no ano anterior, o país asiático tentou vetar a exibição do live action de “A Bela e a Fera” em seu território por “conter um momento gay” – tal investida não obtive sucesso, e o filme foi passado sem cortes.

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