A homossexualidade na Malásia, assim como em outros países asiáticos (e do Oriente como um todo) é considerada crime. Recentemente, o governo resolveu intensificar a caçada aos membros da comunidade LGBT local e, para tanto, está contando com a ajuda da imprensa local.
Recentemente, o principal jornal do país em língua malaia, Sinar Harian, publicou uma matéria especial, com um guia para que a população possa identificar pessoas com “comportamento homossexual”.
De acordo com a publicação, as características de homens gays afirma que eles só vão à academia “para olhar outros homens” e “exibir o abdômen”, que gostam de “vestir roupas justas de grife”, e que “seu olhar se ilumina” quando veem homens bonitos.
Nas redes sociais, ativistas locais reagiram com perplexidade e ironia ao artigo. No YouTube, o conhecida ativista da causa Arwind Kumar refutou, em vídeo que contabiliza milhares de acessos, a proposta do noticioso, segundo ele algo “estúpido”.
“Se você realmente quer educar a sociedade, teria de relatar as características de um pedófilo, de um assassino ou de um sequestrador, todos eles põem a vida de outras pessoas em risco”, diz. “Como, diabos, uma pessoa gay vai colocar vida de alguém em risco?“, questiona.
Por fim, Kumar questiona a assertiva do jornal de que a barba seria, igualmente, uma característica bastante comum em gays. "Conheço muitos religiosos que adoram usar barba. Estariam tentando nos dizer que eles também são homossexuais?", ironiza.
