A inauguração do Templo Salomão, a nova sede da Igreja Universal do Reino de Deus, que ocorreu na noite de quinta-feira (31), em São Paulo foi marcada pela vista inédita do luxuoso espaço e pela presença de políticos e celebridades.
Mas quem pensa que foi falado apenas de "amor ao próximo" se enganou.
Durante o discurso do bispo Rogério Formigoni, a homossexualidade entrou em questão e ele afirmou que está acostumado a "curar lésbicas e homossexuais" em seu trabalho.
Na cerimônia, que contou tapete vermelho e a trilha do filme épico Os Dez Mandamenos (1956), estavam a presidenta Dilma Rousseff (PT) – que sentou ao lado de Edir Macedo, o fundador da Universal – o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o prefeito Fernando Haddad (PT).
Em sua fala, o bispo garantiu que conseguiu largar o vício em drogas por meio da fé e que a Igreja é mais eficaz que qualquer outro tratamento médico. "Eu cheirava um quilo de cocaína, cem pedras de crack e via as paredes derretendo".
E depois engatou dizendo que conseguia curar qualquer tipo de vício e convidou pessoas "cheirando, fumando, homossexuais e lésbicas" para o tratamento. "Mais cedo ou mais tarde essa sua vontade vai sumir".
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Nenhum político ou personalidade quis falar com a imprensa durante a inauguração do megatemplo.
Vale lembrar que a homossexualidade não é considerada doença desde 1990, quando a Organização Mundial de Saúde retirou o grupo da lista internacional de doenças, logo não é passível de cura. Terapias que tentam a mudança da orientação sexual são comprovadamente prejudiciais à saúde da pessoa LGBT e proibidas.
O Templo Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus