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Na TV, militante explica a trans que apoia Feliciano importância da lei contra homofobia

Acostumado em trazer polêmicas sobre a comunidade LGBT, o programa Superpop (Rede TV!) trouxe nessa segunda-feira (20) uma debate entre o militante LGBT Bill Santos e a trans Talita Oliveira, que divulgou um vídeo na internet em que apoia o discurso de Marco Feliciano contra os direitos LGBT.

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De acordo com Talita, não há necessidade de uma lei que criminaliza a homofobia, pois já há leis que protegem o cidadão em geral. Já Bill Santos explicou que tais crimes são motivados por ódio ao LGBT e que, assim como a Lei Maria da Penha e do racismo, os homossexuais precisam de uma lei específica que combata o preconceito.

"A segurança deve vir para todas as pessoas, não só para LGBT. Se matar a minha irmã e a minha tia, que são heterossexuais, eu vou ficar chateada igual. E os 146 heterossexuais que morrem diariamente? Vai brigar por uma lei de exclusividade? A PLC122 vai promover o fim da liberdade de expressão", declarou a trans, que diz que a militância usa do tema para ganhar votos.

Bill explicou: "Além de ser assassinada por conta da violência generalizada, a comunidade LGBT é assassinada por conta da orientação sexual e da identidade de gênero. Isso não acontece com heterossexuais. É um crime de motivação de ódio, é um agravante. A gente morre duas vezes. E, assim como foram feitas leis específicas em combate ao preconceito contra mulheres e negros, é preciso criar leis específicas que protejam LGBTs".


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Bill e Talita discordaram também sobre a motivação do assassinato de João Donati – adolescente de 17 anos que foi assassinado no último mês. Enquanto Talita alegou que o crime foi passional, uma vez que o assassino teria tido relações sexuais com o jovem, Bill disse que a homofobia esteve presente no crime, já que existem homens que transam com homens – os chamados HSH pelo Ministério da Saúde – e ao mesmo tempo carregam a homofobia internalizada.

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O programa contou ainda com a participação de Marco Feliciano por telefone, que alegou não ser contra o homossexual, mas contra a prática homossexual. O pastor, que está dando apoio para a segurança de Talita – que afirma ter recebido ameaças pelas declarações – também declarou que não concorda com o comportamento dela, mas que a "respeita num nível intelectual".

Feliciano também disse sofrer ameaças pelos seus posicionamentos. Bill rebateu: "Você sofreu esses ataques agora, eu sofro esses ataques de quando eu era criança e era chamado de bichinha no interior do Maranhão. O meu pai era pastor da Assembleia de Deus e você sabe o que é dito contra o homossexual".

O debate foi feito com muitas interrupções e observações de Luciana Gimenez, que dizia ser a favor da democracia. Um dos momentos mais curiosos é quando a apresentadora escuta a palavra "transfobia" e se assusta. "O que é isso?", diz ela, que há pelo menos 10 anos aborda o tema "trans" em seu programa. 

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