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Não acredito em relação homo, acredito no amor entre duas meninas, dois leões…

Vamos falar da Visibilidade Lésbica certo? Errado.

Não sou a pessoa mais indicada pra falar sobre esse assunto, esse… Sabe? Relações entre pessoas do mesmo sexo, ou seja, relação homossexual. A relação homossexual acontece quando uma pessoa sente atração por outra do mesmo sexo! Pronto. Essa é a definição traduzida para o modo mais simples dada pelos intelectos, especialistas, estudiosos e qualquer outra coisa que o valha.

No meu caso, penso diferente, eu não acredito nisso. É, não acredito em relação homossexual, apenas acredito em amor. Amor entre dois homens, dois meninos, duas mulheres, duas meninas, dois cachorros, duas gatas, duas leoas, dois leões, dois veadinhos (o bicho!) e por aí vai.

Por que o amor entre duas pessoas “iguais” é tachado como homossexual? Sim, eu sei, é o termo que a sociedade definiu anos atrás, bem antes da vovó Mafalda e do Mazaroppi.

Tá, mas já não basta toda essa briga de classes sociais que nos cerca? Na qual o pobre é tachado de classe baixa, a classe média sou eu ou você, só porque temos computador, ou vamos à Lan House. A classe alta é aquele que bebe champanhe ao som do CD do Amaury Jr. arrotando caviar. É por essas e outras que odeio definições.

Bem, mas o assunto é a Semana da Visibilidade Lésbica, que está acontecendo desde 24 de agosto e vai até o dia 2 de Setembro, e eu, como não poderia ser diferente, estou fugindo totalmente do foco do texto, afinal, o que tem a ver o Amaury Jr. com a Visibilidade Lésbica? Nada. Ou não…

Idealizando um contexto meio maluco, todos (homens, mulheres, gays, lésbicas, pobres ou ricos) deveriam estar ligados, de uma forma ou de outra, à Semana da Visibilidade Lésbica, ou a qualquer outro projeto de Visibilidade que tem como objetivo tornar algo visível, no nosso caso, mostrar que existimos!

Em especial nós “homossexuais”, gays e lésbicas, a amizade não deve só servir para os momentos de fossa, no qual a “sapata” consola ou carrega a “bee” desiludida com o “bofe” para se jogar na balada, ou vice-versa. O fato de sermos desrespeitados por indivíduos que ainda não entenderam que o mundo é gay!

Tá, tudo bem, ainda não é bem assim, enfim, que o mundo não é só da Maria casada com o João, mas também da filha da Maria que namora a vizinha do João que tem um amigo que é casado com o dono da loja de construção! Perceberam a sutileza!?

Foi pra isso que viemos! Para mostrar juntos que amor, tesão, transa etc e tal entre semelhantes simplesmente acontece, não é “uni-duni-tê, o escolhido foi você!”. Se sofremos preconceito é pelos mesmos motivos que nos acovardamos diante de qualquer ato violento ao qual não podemos reagir, para preservar a própria vida.

Motivos que, por causa desta definição “homossexual” devemos nos unir, digo, nós, gays e lésbicas. Não só em festas cheias de glamour regadas a luxo, não. O que basta é estufar o peito sem precisar dizer, eu sou e daí? É simplesmente estufar o peito e Ser, sentir.

Andando de mãos dadas com minha namorada e meu amigo gay, um, ou outro desentendido ou alheio à hora do Brasil, chega e pergunta: Vocês são “entendidos”?

Eu apenas digo: Sou feliz. Minha namorada diz: Sou lésbica. E meu amigo diz: Gay.

É através destes gestos, mesmo que pequenos, que, enfim, seremos “visíveis”. Por isso a Semana da Visibilidade Lésbica é tão importante como a “Semana da” Parada Gay, quando debates e palestras são realizadas com um único objetivo: O Respeito. Que para aqueles que não possuem, a gente ensina!

*Colaboração para o site A Capa

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