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“Não acredito que seja o melhor”: Primeira-ministra alemã fala sobre adoção por casais gays

Na Alemanhã, o casamento entre pessoas do mesmo sexo ainda não foi aprovado. No entanto, a Justiça determinou que casais homossexuais tenham os mesmos direitos, como declaração de impostos conjunta e outros privilégios até então exclusivos a matrimônios heterossexuais.
 
Sendo assim, o que mais preocupa agora os ativistas do país é a recente declaração da primeira-ministra alemã, Angela Merkel, quanto a adoção de crianças por gays.
 
"Digo honestamente que a total igualdade de direitos é algo muito difícil. Não estou segura de que seja o melhor para o bem-estar da criança [ser adotada por casais homossexuais]", afirmou a ministra.
 
A opinião de Angela Merkel cria uma rixa em seu partido, União Democrata Cristã (UDC), já que alguns parlamentares são a favor da amplicação de direitos à comunidade LGBT. 
 
"Se a UDC quer continuar sendo um partido das massas, deve levar em conta a realidade em mudança. Não podemos dizer simplesmente que algo está bem porque sempre foi assim", declarou o ministro da Fazenda alemão, Wolfgang Schäuble.
 
Já o deputado Jens Spahn, também do UDC, acredita que a conquista da adoção por casais homossexuais acontecerá em pouco tempo. "Hoje, estamos todos de acordo quanto à equiparação de direitos, sem contar a adoção. Estou convencido de que, em mais alguns anos, teremos avançado mais", afirmou.
 
Apesar da atitude de Angela Merkel em se manter contrária a adoção para agradar parte conservadora da Alemanhã, uma pesquisa publicada pela revista "Stern" apontou que a maioria dos alemães (74%) são favoráveis à equiparação total de direitos, inclusive boa parte do eleitorado do partido UDC.
 
A discussão em torno da aprovação da lei afetou diretamente a psicoterapeuta Judith Steinbeck. Há 13 anos ela adotou uma menina vietnamita e até então não havia conseguido colocar o nome de sua mulher como mãe da criança, até entrar na Justiça. "Estava temendo que me acontecesse algo. Não por mim, mas porque, se algo acontece, a lei alemã não garante que minha filha fique com sua outra mãe", declarou.
 
A família de Judith Steinbeck
 
Graças a à corte de Karlsruhe, a mulher de Judith pôde iniciar o processo para se tornar a mãe legal da adolescente. Porém, se as duas quiserem adotar outro filho, não poderiam fazê-lo como casal, até que a lei da adoção por casais homossexuais seja aprovada.

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