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“Não faz sentido não existir beijo gay na teledramaturgia brasileira”, diz Bruno Gagliasso

Ele é lindo, tem arrasado na novela no papel do esquizofrênico Tarso e está na capa da revista RG Vogue deste mês. Um perfil de Bruno Gagliasso, de 27 anos, ocupa dez páginas da publicação com direito a (poucas) fotos dele sem camisa tiradas por Michael Roberts, editor de moda da Vanity Fair.

O texto do jornalista Bruno Astuto ganhou o título de "O pequeno príncipe". Também, com 1,70m e aparecendo como bom menino nas fotos, não podia ser muito diferente. O ator revela um interesse por papéis que tenham certa dificuldade, como o personagem Junior, vivido por ele na novela América, de Gloria Perez.

"Essa coisa de galã seria muito chata. Preciso de papéis desafiadores, que me façam estudar, pesquisar. Adoro um laboratório. É muito fácil ser bonito e acabar por aí. Quero mais para a minha vida, para a minha carreira", disse.

O ator lamentou também o não-beijo gay que marcou o final da novela por causa de uma decisão da cúpula da Globo. "O tiro saiu pela culatra. O veto ao beijo ficou maior do que o beijo em si e as pessoas passaram a falar dez vezes mais do assunto. Gravei a cena, tanto eu como a Gloria ficamos chateados de ela não ter ido ao ar. Trabalho com vida, com pessoas e realidade. Hoje em dia o beijo gay é tão normal, que não faz sentido não existir na teledramaturgia brasileira", sintetizou.

Questionado por Astuto se já aconteceu um beijo gay em sua vida, o ator negou. "Não, porque gosto muito de mulher. "Mas", continuou, "se me apaixonasse por um homem, qual seria o problema?", indagou.

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