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“Não se pode retirar Jesus e manter os gays na Paulista”, vocifera vereador Apolinário contra a parada de SP

O vereador Carlos Apolinário (PAD-SP) manifestou-se contrário ao pronunciamento da prefeitura de São Paulo que manteve a parada do orgulho gay na Paulista, mas barrou a realização da Marcha para Jesus na mesma avenida. “Não se pode manter a parada gay na Paulista e tirar Jesus da avenida. Não pode haver por parte do poder público dois pesos e duas medidas. Os direitos devem ser iguais para todos”, declarou o vereador. Num discurso na Câmara, Apolinário afirmou que a manifestação evangélica é um ato contra “drogas, bebidas e violência, questões que devem preocupar os governantes”. Ele usou ainda a viagem do papa Bento 16 ao país, em maio, para convencer os presentes da importância do evento. “O papa está vindo ao Brasil e, se perguntarem a ele se prefere a Marcha para Jesus ou a Parada Gay na Paulista, creio que a opção dele será pela Marcha de Jesus.” Para o vereador paulista, a cidade de São Paulo devia prestar atenção a outros aspectos, segundo ele positivos, da manifestação religiosa. “Ele [prefeito] diz que a parada gay traz divisas para a cidade, com a ocupação de hotéis, bares e restaurantes. Mas a administração não pode governar apenas pensando no cofre. É preciso também pensar em aspectos sociais.” Kassab assinou um termo com o Ministério Público na última quarta-feira (11) e o documento prevê a realização de apenas três grandes eventos na avenida Paulista: a Corrida de São Silvestre, o Réveillon e a Parada do Orgulho GLBT.

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