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Nem só de sexo explícito é feito o “Obsessão”

 

Gente, fiquei animado com a repercussão do trechinho do OBSESSÃO publicado aqui. Tão animado que resolvi compartilhar um pouco mais com vocês, pegando agora por outro parâmetro.

É, depois do impacto de mostrar uma cena de sexo pra lá de explícito, vou postar outro trecho, que aborda uma discussão um pouco diferente: O preconceito. Na verdade, o autopreconceito, que às vezes traz vários conflitos na tomada de decisões. No final das contas, o que tem importância na hora de se jogar numa relação? Qual o peso do social em uma vida a dois?

O pedaço que vocês vão ler hoje ainda relata o início do casal Ramon-Denilson. Essa parte dá pra ler com menos cuidado, mas obviamente não deixa de ter um lado bem sensual, mesmo com a ausência de sexo explícito.

Divirtam-se!

"O tempo foi passando e sem nenhum planejamento Denilson começou a fazer parte da minha vida. Estar com ele era tudo de bom, sempre me tratava com carinho, porém sem perder a firmeza, o que de certa forma me encantava.

Nunca fui afeminado, mas a sua presença me fazia ter atitudes mais delicadas, e muitas vezes eu me via com as pernas dobradas sobre o sofá quando estava ao seu lado, ou fazendo pézinho de balé, quando ele me pegava pelos tornozelos para me comer na clássica posição de frango assado.

Entretanto, devo confessar, sem nenhum orgulho disso, que o preconceito ainda me dividia. Transar com ele, recebê-lo dentro da minha casa, tudo isso era tranquilo. Porém não me sentia bem em imaginar aparecer com ele em público. Agora, além do abismo social, a diferença de idade me incomodava. O que as pessoas iriam pensar ao me ver com um garotão, mulato, de periferia? Obviamente eu não escaparia dos julgamentos mais rasteiros. Até mesmo no meu prédio eu percebia os olhares críticos, incluindo não apenas moradores, mas também os empregados. Incrível como o preconceito funciona até mesmo entre os iguais.

Quando completamos um mês de rolo, meu macho resolveu que era hora de comemorar, e me intimou a irmos até a boate onde tudo começou. Nada de favores de manobristas, dessa vez ele ia entrar como todo mundo. Lógico que ofereci pra pagar a dele, o que não foi aceito. Homem orgulhoso, havia planejado esse dia todo o tempo, e economizado para isso. Cada um pagaria a sua. Esse seu comportamento me deixava ainda mais embevecido. Não era um aproveitador, só que com certeza ninguém nunca acreditaria nisso. Os olhares seriam para o coroa bancando seu gigolô. Fazer o quê…

Voltar naquela balada me trouxe ótimas recordações. A casa realmente era um show. Como não encontrei nenhum conhecido, fiquei mais solto e tranquilo, mesmo quando o moleque ficava relando na minha bunda no meio da pista. Tudo bem, era o dia dele, e eu queria proporcionar muito prazer ao macho que vinha me fazendo tão bem.

Bastante afoito e animado, ele queria repetir a cena do banheiro. Diante da minha insegurança garantiu pular a parte onde me batia. O momento era outro e, segundo ele, eu sabia muito bem porque tinha apanhado, e agora não precisava mais. Mesmo um pouco envergonhado, topei. Aquele maluco fazia questão de gozar na minha cara e me expor assim, na hora que eu tivesse que lavar na pia. Seu pau crescia na minha bunda só de ficar descrevendo o momento em que as pessoas me veriam sair do reservado marcado pelo garanhão.

Tudo correu sob o seu comando, e não sei por que me excitou um pouco aquela exposição diante de estranhos. A única diferença da primeira vez foi que, em vez de sair, ele ficou na porta pelo lado de dentro do banheiro, observando as reações das pessoas e a minha, sendo o centro das atenções por causa da cara melada. Como recompensa, me deu um beijo cinematográfico ali mesmo. Foi demais, teve gente até aplaudindo. Esse povo da noite é louco mesmo, nunca vi.

Resolvemos, ou melhor, ele resolveu, dar por encerradas as comemorações. Mais uma vez se antecipou a mim ao pegar as chaves do carro das mãos do manobrista, que repetiu a expressão da última vez:

– Peixão heim mano?

Provavelmente o sujeito nem percebeu que era a mesma pessoa e, como não franqueou a entrada do amigo, deve ter sido um dos que julgou ser um caso de gigolagem.

Em casa, foi a minha vez de fazer uma surpresa. Tinha comprado pro meu parceiro um super chaveiro, de grife, e nele coloquei todas as chaves que davam acesso à minha cobertura. Em um cartãozinho perfumado, anotei a senha que fiz pra ele poder armar e desarmar os alarmes. Tínhamos apenas um mês de relacionamento, mas eu me sentia de tal forma envolvido que decidi que já era hora de franquear a sua presença na minha casa, sem precisar de combinações antecipadas.

Essa prova de "compromisso" atingiu em cheio o tesão do molecão e nessa noite tivemos uma memorável sessão de sexo selvagem, que me deixou recordações a semana inteira, sempre na hora de sentar. "

Agora, quem quiser ler mais, vai precisar recorrer ao Orkut. São duas as comunidades onde o livro está sendo postado na íntegra, antes de seguir para a edição:

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=80608697&tid=5556410821827949916

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=15061107&tid=5556416018738378076

Beijão!

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