Toda sapa tem uma pitada de esquisitice. Umas mais, outras menos, e algumas completamente. É como se a falta de modelos sociais deixasse a pessoa tão solta a ponto de pirar o cabeção delas e de quem está com elas. Não há uma constância, uma linha, uma perspectiva. É sempre uma montanha-russa, uma caixinha de surpresas, uma coisa indefinida.
Por exemplo: Quando as sapas estão solteiras, o fogo é pra arrumar namorada. Reclamam que é muito chato ficar rodando por aí de festa em festa procurando um parzinho, que sentem falta da vidinha mais tranquila do doce lar. Aí começa um romance, tudo lindo e azul, aquele encanto todo, mas num dia a pessoa acorda e descobre que está se sentindo sufocada demais.
É cobrança demais, ciúme exagerado, simbiose, grude, muito peso, muito difícil conviver como um casal normal. Então, começam as brigas, uma enxurrada de palavras que nunca leva a lugar nenhum, não explica nada, não justifica as dores e só piora as coisas. Resultado, volta a vida de mulher solteira e o ciclo recomeça.
A crise é tentar entender como uma sapa pode, por exemplo, querer casar numa semana e querer ficar solteira na outra. Como alguém está completamente apaixonada por você, mas amanhã é outro dia, e aquele castelo de areia vai lindo pro ralo. Como é possível alguém dizer, “você é a mulher da minha vida”, e no outro dia manda um recadinho tórrido pra outra ali da esquina.
Só TPM não explica. Então, procurei no google algumas respostas e eis que encontrei uma série de sites que aponta um número imenso de transtornos e neuroses, desses que fazem as pessoas agirem de forma tão imprevisível e incoerente. Adorei. Tem resposta pra todo mundo, cada pessoa pode ir lá e escolher o transtorno que mais se encaixa no seu perfil.
Eu gostei do transtorno de ansiedade. Consiste numa preocupação exagerada que pode abranger diversos eventos ou atividades da vida da pessoa. Pode vir acompanhado por uma variedade de sintomas como irritabilidade, tensões musculares, perturbações no sono, úlcera, entre outros. Costuma causar um comprometimento no funcionamento social ou ocupacional da pessoa, podendo gerar um acentuado sofrimento. É a Norma Lúcia cuspida e escarrada.
Mas há os transtornos de personalidade, de bipolaridade, obsessivo-compulsivo, a esquizofrenia do mocinho da novela, depressão crônica, só pra ficar nos mais populares. É uma verdadeira orgia de doenças “píssicas” que interferem no comportamento das pessoas. O maior desafio, no caso, é aprender a lidar com o seu transtorno e com o da sua parceira também. Se um relacionamento com mulheres já é difícil, imagine com sapas transtornadas. Só amando muito a indivídua.
