Ator de ‘Parks and Recreation’ se posiciona contra ataque homofóbico em mês do orgulho
O ator Nick Offerman, famoso por seu papel como Ron Swanson na série Parks and Recreation, não hesitou em se posicionar contra um meme homofóbico que circulou nas redes sociais. A polêmica começou quando Michael Flynn Jr., filho do ex-assessor de segurança nacional Michael Flynn, postou um clipe do personagem de Offerman jogando um computador em uma lixeira, mas com um detalhe: uma bandeira do orgulho LGBTQIA+ estava sobre o computador. Na postagem, Flynn expressou seu desprezo pelo mês do orgulho, gerando indignação entre os fãs.
Offerman prontamente respondeu à provocação. Em um tom incisivo, ele lembrou que seu personagem, Ron Swanson, foi o padrinho em um casamento gay, afirmando: “Ron foi o melhor homem em um casamento gay, seu idiota. #FelizPride”. Essa declaração não só reforçou sua defesa da comunidade LGBTQIA+, mas também destacou a importância da representatividade que a série trouxe ao abordar temas de diversidade.
Um papel marcante e suas consequências
Recentemente, Offerman recebeu reconhecimento por sua performance em The Last of Us, onde interpretou um sobrevivente que vive uma história de amor com outro homem. O papel, embora aclamado, também trouxe críticas de alguns setores de sua base de fãs, que não aceitavam a representação de relacionamentos LGBTQIA+ em produções populares. Durante a entrega do prêmio Spirit Award, ele abordou essa questão, enfatizando a importância de contar histórias que refletem a diversidade humana.
“Obrigado à HBO por ter a coragem de participar dessa tradição de contar histórias que realmente são independentes”, disse ele. “Quando o ódio homofóbico vem na minha direção, perguntando: ‘Por que você tinha que fazer uma história gay?’, nós respondemos: ‘Porque você faz perguntas como essa’. Não é uma história gay; é uma história de amor, seu idiota. Então, mais disso, por favor.'”
Reflexões sobre amor e vulnerabilidade
Em entrevista, Offerman falou sobre a experiência de filmar sua primeira cena de amor com um homem, revelando a vulnerabilidade que isso traz. “Essas são sempre as coisas mais estranhas de se fazer”, refletiu. “É retratar algo com a maior sinceridade possível em um ambiente que, por definição, não é íntimo, cercado por pessoas que o estão observando. A generosidade do seu parceiro de cena, como o Murray Bartlett, e do nosso diretor, Peter Hoar, foi essencial para que tudo funcionasse.”
Ele também comentou sobre a percepção do público em relação a cenas de nudez e intimidade, afirmando que, para ele, o foco está na narrativa. “Não tenho muita vaidade. Venho do teatro, onde somos um bando de pacifistas de cabelo comprido, então não penso muito sobre isso”, concluiu.
A resposta de Offerman, além de ser um exemplo de apoio à comunidade LGBTQIA+, serve como um lembrete de que a arte e a representação têm o poder de desafiar preconceitos e abrir diálogos importantes sobre amor e aceitação. Neste mês do orgulho, seu posicionamento ressoa fortemente com aqueles que lutam por visibilidade e igualdade.