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Nicotina Zero – Conheça o livro vencedor do prêmio PapoMix de melhor livro LGBT

Após sucesso da peça "Anatomia do Fauno" o dramaturgo e escritor Alexandre Rabelo investe na literatura

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Há quem ache que ‘Nicotina Zero’ é um livro de autoajuda antitabagista, por seu título e capa que simula uma caixa de cigarros.

Na verdade, segundo o autor Alexandre Rabelo, seu primeiro romance seria mais um kit de antiajuda, ironizando esse gênero de livros voltado para as soluções fáceis aos problemas da vida.

Já nas primeiras linhas do romance, seguimos o fluxo de pensamento de um DJ que, numa noite qualquer da década de 2000, decide parar de fumar, julgando ser este o maior problema de sua vida. “Sexo? Hoje não. Prefiro parar de fumar.” 
 

O romance se passa ao longo de uma única noite, cada capítulo representando as horas que o relógio marca apressadamente. Conforme esta noite cai, o DJ percebe que o buraco é muito mais embaixo, e que sua insatisfação está ligada muito mais à solidão e falta de amor, cada vez mais crescentes numa metrópole como São Paulo. 
 
Passando por vários pontos significativos da cidade, “Nicotina Zero” apresenta uma cidade pelo seu avesso.
 
Rabelo também levou sua experiência como escritor na elaboração da dramaturgia do polêmico espetáculo “Anatomia do Fauno”, que tem causado reações fortes ao apresentar o lado negro do homoerotismo nas grandes cidades. De certa forma, ambas as obras se complementam, sendo a peça um estudo sem palavras e mais sensorial, e “Nicotina Zero”, um romance onde as palavras são ditas em excesso quase esquizofrênico até esvaziarem os sentidos, deixando nosso anti-herói no silêncio da carne. 
 
Segundo o autor, são principalmente os jovens entre 18 e 30 anos os que mais se identificam com o livro, por verem sua geração representada numa época pré-redes sociais.
 
“Nicotina Zero” foi o primeiro livro escolhido para ser publicado pela Hoo Editora, especializada no segmento LGBT.

"Quero ser conhecido como um autor gay, pois muitos grandes escritores do passado não puderam expressar sua homoafetividade, mas meu romance não se destina ao público gay em específico, não trata de assuntos clássicos como sair do armário, mas de um problema mais geral, que é a falta de amor, e nesse sentido, é um livro dirigido a todos”, conclui Alexandre.

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