Discute-se o marketing, não as idéias. As pessoas ganham rótulos e agremiações. Porém, não há espaço e nem vontade para se discutir o conteúdo.
Fica assim, "ah, fulano é petista", "cicrano é tucano", ou "beltrano é independente". Oras, por que tais indivíduos escolhem tais caminhos? Joga-se tudo numa vala comum, se esvazia.
E assim, as discussões ficam a mercê dos personagens do momento. Tal fato reflete-se no domínio da publicidade nos horários eleitorais e nos hábitos da vida. Nesse meandro não existe esquerda ou direita, tudo resume-se a propostas, números, imagem e alienação.
Por aqui tudo continua igual: bares, rua, avenidas, vícios, felicidade, tristeza, solidão, melancolia… a vida independe da política e da publicidade (elas são irmãs), mas elas não vivem sem nós, os corpos sim, vivem de qualquer jeito.
No jogo todos nós estamos, consciente ou inconsciente, o individuo ajuda a subir tanto quanto a descer. Sim, é bem confuso…