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No armário

Uma pesquisa realizada em Nova York com 452 homens que fizeram sexo com outros homens mostra que 39% deles nunca revelaram sua orientação sexual para seus médicos, fato esse ainda mais comum entre homens negros, hispânicos e asiáticos. As informações são do jornal “The New York Times”.

O objetivo da pesquisa era descobrir como está a prevenção contra o HIV entre os homossexuais. O estudo descobriu, por exemplo, que homens que esconderam sua orientação sexual a seus médicos têm o dobro de chance de não terem feito o teste de HIV do que aqueles que não escondem (63% contra 36%).

O estudo mostra também que, enquanto 78% dos homens que fizeram sexo com outros homens e se identificaram como homossexuais disseram que discutem sua sexualidade com seus médicos, nenhum dos homens que fez sexo com outros homens e se identificou como bissexual contou ao seu médico sobre sua orientação sexual.

Quanto às variáveis étnicas, 60% dos homens negros que fizeram sexo com outros homens disseram que não revelam sua orientação sexual a seus médicos, contra 48% dos hispânicos, 47% dos asiáticos e 19% dos brancos.

“Há um fenômeno freqüente entre a comunidade negra na qual um homem gay se identifica como bissexual”, comentou a Dra. Monica Sweeney, comissária assistente para a prevenção e controle do HIV, para quem o estudo reflete um grande estigma contra a homossexualidade entre as minorias.

O estudo, publicado este mês nos Arquivos da Medicina Interna, foi realizado nos anos de 2004 e 2005 pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças de Nova York.

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