Enquanto todas as hypíssimas estavam se esbaldando, tomando banho de sol ou de chuva na Pool Party carioca, em Barueri, eu decidi contrariá-las e fazer um programa totalmente diferente pelo centro da cidade de São Paulo. Bom, já fazia umas quatro semanas seguidas que ia pras pool parties dominicais (As Meninas, Pool Party Rio, Nova Pool Party e Garden Party). Não tinha mais saco pra isso. Eram 15hs e eu já estava tomando cerveja no Prainha, boteco no largo do Arouche: fofoca e conversa boa é sempre divertida, não acaba nunca. Depois fui parar no bar Queen, que é super divertido também, ali no centro. Basta ver uma porta e ir entrando. Algum tempo depois, já estava no clube Freedom. É de se espantar! O povo é muito novo, é a próxima geração de gays. Me senti velho (tenho 27 anos). Muito calor, cerveja quente, ninguém merece. Mas a música estava muito boa. Depois fui ao lugar que fiquei mais surpreso. É o boteco do Cleo, um samba gay na Rua General Jardim. O bar é bonito e bem pintado, a cerveja, geladíssima, e o povo, muito bonito e bem vestido, sambando com um pagode ao vivo… Você sabia que São Paulo tem disso? A maioria do público é negra, e quem viaja sabe que grandes clubes europeus têm pistas de musica black para acolher os negros, como acontece na Fabric em Londres na festa DTPM, mas aqui em São Paulo nunca tinha visto nada parecido. Foi a primeira vez. Gostei! Meu programa às avessas ainda não acabou. Depois disso fui ao Cantho, que fica lá no Arouche também. O clube é muito sofisticado e bem decorado, e o público é o avesso da Freedom: mais maduros, as músicas tocam num volume mais baixo e o atendimento é espetacular. Iniciativa que deu certo. Pra finalizar fui tomar um lanche lá na Bella Paulista, padaria famosa na região da Avenida Paulista e acabei encontrando com o DJ Pacheco, depois André Almada, mais tarde o DJ Gustavo Vianna e, por fim, Nanny People. E olha que fiquei pouco tempo por lá. Se eu quisesse esticar meu domingo, teria ainda Danger, Bar da Grá, Ultralounge, A Lôca… Mas na segunda tenho que pegar no batente cedo, então fui pro descanso.
