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No Egito, 14 homens são presos por “homossexualidade” e práticas de relações sexuais “anormais”

De acordo com informações da agência internacional de notícia AFP, o tribunal do Cairo, capital do Egito, condenou, no último domingo 26, 14 homens a três anos de prisão por suspeita de homossexualidade e prática de relações sexuais “anormais”. A denúncia foi feita à agência por um dos advogados de defesa dos réus. Ainda segundo informou o advogado, Ishaq Wadie, a Corte liberará os presos mediante pagamento de fiança de 5.000 libras egípcias (cerca de R$ 890) para que esses homens possam apelar da condenação em liberdade. Outros três acusados tiveram seu julgamento adiado para uma data indeterminada. Assim como em outros países da África, da Ásia e inclusive da Europa, o Egito marcou parte do noticiário mundial em 2017 por infringir os direitos humanos e a cercear a orientação sexual de habitantes quando contrária à heterossexualidade. Embora no Egito a homossexualidade não seja criminalizada, o governo e as autoridades utilizam as incriminações de “libidinagem” ou “prostituição” para condenar as relações homoeróticas. Entidades internacionais em prol da manutenção dos direitos humanos, como a Anistia Internacional, condenaram a repressão e perseguição do governo egípcio a homens homossexuais e condenou uma proposta de lei que criminaliza a homossexualidade como sendo “profundamente discriminatória”, qualificando-o de “revés para os direitos do homem”.

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