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Nosso estagiário participou da corrida pela diversidade; Leia relato

Andando pela diversidade!

Na noite de quarta-feira pensei em como seria uma boa forma de iniciar bem esse texto, eu ia dizer que na manhã de quinta-feira estava um frio do caralho. Mas infelizmente, para minha crônica, ontem de manhã não estava tão impossível de levantar da cama.
 
Pois bem, levantei às 5h30 com o telefonema do Régis, editor de arte da revista. Como ele está mais acostumado que eu a levantar cedo, combinamos que ele me ligaria. Saí de casa, arrasei na padaria e comprei logo um croissant e um sonho. Afinal de contas eu ia correr 5 km!

Não tenho uma noção de distância muito boa, mas só me dei conta que 5 km era bastante, quando lembrei que a distância da casa de meu avô até a praia é de 3km e como a caminhada até lá era árdua, muito mais fácil ir de bicicleta.

Encontrei Régis às 7h30 na catraca da República, fomos até a concentração da corrida e retirei meu kit. Fiz alongamento e aqui devo agradecer a Régis novamente, que foi praticamente uma Solange Frazão. Às 8h05 da manhã de ontem eu estava no meio de umas 300 pessoas correndo pela diversidade.

A largada era na rua Maria Antônia, o trajeto consistia em correr pelo Elevado Costa e Silva, carinhosamente chamado de “Minhocão”. É eu estava no Minhocão, ui!

Devo confessar caros leitores, que não consegui correr muito, logo após adentrar o percurso do Elevado eu já estava com a língua de fora. Respirando pela boca, arfante, decidi diminuir o ritmo. Antes de chegar no segundo kilometro eu já estava super cansado.

Avistei um outdoor com a propaganda da universidade onde estudo. Uma foto do Bernardinho com uma modelo representando uma aluna e entre aspas a frase “Você vai chegar lá”. Era ironia demais pro meu gosto. Mentalmente completei a frase: “claro, um dia”.

Desisti de correr pouco depois do outdoor e bem, bem antes do terceiro kilometro da prova. Tem horas na vida de um cara que ele deve perceber quando jogar a toalha, eu infelizmente só percebi depois que passaram por mim duas motos da polícia militar, seguida pelo primeiro colocado da corrida, na outra pista do Elevado.

Cansado, decidi andar pela diversidade, uma vez que não havia mais jeito e todos os outros participantes estavam passando por mim. Afinal decidi participar da prova por pura curiosidade jornalística. E justo eu que não corro nem para pegar ônibus, sou sedentário, uso apenas escada rolante e me alimento muito mal. Muitos “vovôs” me deixaram no chinelo.

Fui um dos últimos a completar a prova. Ali do Minhocão eu avistava ao longe o prédio do Banespa, mas só fiquei feliz mesmo quando vi o Copan e o Edifício Itália, sede da redação. Ápice mesmo foi quando avistei o quinto e último quilometro. Um grupo de aproximadamente 11 pessoas estava ali, onde o Elevado se encontra com a Consolação, saudando os retardatários. As garotas e os garotos começaram a aplaudir e a torcer: – “sete meia um” (meu número da competição) brincavam. E eu, justo eu que não sou aplaudido nem quando cantam parabéns no meu aniversário.

Meu tempo, a quem interessar possa, foi de 48 minutos e 09 segundos. E a corrida foi super proveitosa: me fez ver que já passou da hora de cuidar melhor da saúde. Tive a sorte de não ficar na última posição e ainda ganhei uma medalha como prêmio de consolação.

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