A nova legislação aprovada pelo governo da Hungria, liderado por Viktor Orbán, representa um ataque severo aos direitos da comunidade LGBTQIA+. Com o novo decreto, as paradas do orgulho (Pride) estão efetivamente proibidas, caracterizando um retrocesso significativo nas liberdades civis do país. A medida, que será implementada a partir de 15 de abril de 2025, impõe multas pesadas de até 500 euros tanto para os participantes quanto para os organizadores das manifestações. Além disso, a utilização de tecnologia de reconhecimento facial será empregada pelas autoridades para identificar e punir os manifestantes.
A justificativa governamental para essa proibição é a alegação de proteção da infância, apoiando-se em um suposto “lei de proteção infantil” que, na prática, é uma tentativa de silenciar as vozes da comunidade LGBTQIA+. Organizações de direitos humanos, como a Amnesty International, já expressaram suas preocupações, descrevendo a nova lei como um “frontal ataque” aos direitos fundamentais e à liberdade de expressão.
A oposição também se manifesta fortemente contra essa medida. O prefeito de Budapeste, Gergely Karácsony, afirmou que ainda haverá uma parada do orgulho na cidade, desafiando o governo a reverter essa decisão. Ele enfatiza que Budapeste apoiará aqueles que lutam por sua dignidade, comunidade e liberdade.
Esse não é o primeiro ataque do governo Orbán aos direitos LGBTQIA+. Em 2021, uma lei similar foi aprovada, restringindo informações sobre a homossexualidade e a transgeneridade para menores de idade. A atual legislação parece ser parte de uma estratégia mais ampla para marginalizar e criminalizar a comunidade LGBTQIA+, suscitando preocupações sobre a crescente repressão e vigilância na Hungria.
A luta pelos direitos LGBTQIA+ na Hungria está longe de acabar. Com uma forte resistência interna e apoio internacional, a comunidade continua a buscar seus direitos e a desafiar a opressão imposta pelo governo. O futuro das paradas do orgulho na Hungria e a liberdade de expressão da comunidade LGBTQIA+ permanecem incertos, mas a determinação de lutar por igualdade e dignidade é mais forte do que nunca.
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