E a espera terminou. Lady Gaga lançou oficialmente nexta sexta-feira (11) seu novo single, "Born This Way". Se a intenção da cantora era fazer uma música popular e grudenta, ela conseguiu. Já no quesito criatividade…
Antes de ser considerada uma "nova diva" da música pop, Lady Gaga virou marca, um produto rentável, portanto, qualquer coisa que venha dela já é garantia de sucesso – como acontece com Britney Spears ou Madonna. E por falar nesta última, "Born This Way" é uma "Like a Prayer" ou "Express Yourself" repaginada. As duas músicas são parecidas em vários aspectos: coral gospel, batida dance à la anos 80/90 e final solo.
É provável que Lady Gaga tenha feito isso de propósito. Inteligente como é, utilizou-se de uma estética musical popular para fazer de sua "Born This Way" um hino pela diversidade e contra o preconceito. Se musicalmente a canção não traz nada de novo, ela ganha pela ótima letra.
Só o título da música é para virar tatuagem mundo afora: "Born This Way" (eu nasci desse jeito). Gaga abraçou a causa gay e resolveu abusar da sua popularidade para fazer uma canção ativista. Ou você tem dúvida de que "Born This Way" vai tocar à exaustão em Paradas gays ao redor do globo?
Neste momento, quando estados norte-americanos travam verdadeiras batalhas para revogar e aprovar leis para a comunidade gay, nada mais interessante ter uma música que prega a diversidade, que afirma que todos são "rainhas, lindos e superstars". Também é um tapa na cara dos religiosos quando Lady Gaga canta que "god makes no mistakes/ I was born this way" (Deus não comete erros/eu nasci desse jeito).
Se toda a década tem sua música considerada hino para alguma parcela da sociedade, será que desta vez a comunidade gay finalmente foi contemplada?