A nova pesquisa do Australian Bureau of Statistics (ABS) revelou que aproximadamente 900.000 australianos, o que equivale a cerca de 4,5% da população com mais de 16 anos, se identificam como LGBTQIA+. Essa estatística destaca a necessidade urgente de atenção às disparidades de saúde e bem-estar enfrentadas por essa comunidade, especialmente em relação à saúde mental. Embora a inclusão de pessoas LGBTQIA+ tenha sido reconhecida em várias estratégias de saúde na Austrália, o recém-lançado Plano Nacional de Ação para a Saúde e Bem-Estar de Pessoas LGBTQIA+ (2025-2035) é o primeiro a focar exclusivamente nas necessidades desse grupo.
O plano se torna essencial diante dos dados alarmantes sobre a autoavaliação da saúde entre os LGBTQIA+: cerca de 31% deles classificam sua saúde como ‘justa’ ou ‘ruim’, em comparação com apenas 15% da população geral. Além disso, a comunidade LGBTQIA+ apresenta taxas significativamente mais altas de ansiedade, depressão e tentativas de suicídio. Por exemplo, os adultos LGBTQIA+ tentaram suicídio a uma taxa 17 vezes maior do que a população em geral. Esses dados sublinham a importância de um plano de ação focado que não apenas reconheça, mas também trate as barreiras sociais e de saúde que a comunidade enfrenta.
Os desafios enfrentados por pessoas LGBTQIA+ ao acessar serviços de saúde são diversos e incluem a falta de opções de atendimento afirmativo, discriminação e estigmatização. O novo plano visa aumentar o acesso a cuidados de saúde inclusivos e melhorar a alfabetização em saúde dentro da comunidade, promovendo campanhas de educação e treinamento para profissionais de saúde.
À medida que a Austrália avança em direção à igualdade legal e social, o sucesso desse plano dependerá do apoio contínuo e do compromisso político para proteger e promover a saúde e o bem-estar das pessoas LGBTQIA+. A luta contra a discriminação e a estigmatização é fundamental para garantir que todos possam gozar de uma saúde plena e digna, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
