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Nova York: Casais começam a receber green card após derrubada de lei que proibia casamento gay

Pablo Garcia, de 53 anos, nasceu na Venezuela e mora atualmente em Elmhurst, no Queens. Depois de tanto tempo, ele não espera que um dia fosse realizar o sonho de obter o green card, visto de residência permanente nos Estados Unidos.


Santiago Ortiz e Pablo Garcia com o seu green card

Casado com o americano Santiago Ortiz, Garcia viveu duas décadas, e grande parte de seu relacionamento, com um imigrante ilegal. Quando os pais morreram, ele não pode viajar à Venezuela para acompanhar o funeral com medo de não ser aceito novamente nos Estados Unidos.

Tudo mudou em junho, quando a Suprema Corte derrubou o DOMA, lei federal que proibia o casamento gay. Casais homossexuais, que já haviam realizado a união, como Garcia e Ortiz, estavam no grupo de direito ao green card em Nova York.

De acordo com advogados que acompanharam as ações destes casos, o primeiro casal a obter o visto de permancência foi o formado pelo búlgaro Train Popov e o americano Julian Marsh.


Julian Marsh e Train Popov primeiro casal a conquistar o visto de permanência

Segundo Tom Plummer, representante do grupo de defesa "Immigration Equality" e advogado de Garcia e Ortiz, é única a sensação de comunicar um casal sobre a aprovação do benefício.

"É incrível. Tenho calafrios cada vez que um casal é aprovado ao green card. Essas famílias foram tão persistentes por tantos anos", declarou em entrevista ao New York Daily News.

O casal Steven Eng e Neal Stone conta que o green card chegou recentemente pelo correio.

"Essa foi a primeira vez que eu pude fazer, durante esses 12 anos em que estamos juntos, algo para ajudá-lo a ficar ao meu lado neste país", declarou Eng, de 42 anos, que trabalha como professor na Universidade de Arte de Nova York.


Steven Eng comemora ao lado do marido Neal Stone

O canadense Stone, de 41 anos, é planejador urbano e comemora o direito de permanência no país.

"Estou ansioso para cruzar a fronteira EUA-Canadá sem me preocupar com qualquer impedimento na volta. Agora podemos seguir os nossos planos e ter um pouco mais de tranquilidade", concluiu.

A Lei de Defesa ao Casamento (DOMA, na sigla em inglês de Defense of Marriage Act) impedia o reconhecimento de casais homossexuais e benefícios fiscais federais mesmo em estados norte-americanos onde a união entre duas pessoas do mesmo sexo era legal.

Após uma apertada votação, cinco votos a favor contra quatro, a medida foi considerada "inconstitucional" pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos.

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