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Novas novelas apostam alto em personagens gays para atrair a audiência GLS

É. A televisão no Brasil parece ter definitivamente notado que os telespectadores gays são – muito – relevantes para a audiência de seus programas. Basta uma rápida análise, por exemplo, sobre as últimas novelas da Globo: todas, invariavelmente, têm pelo menos um personagem homossexual. E a Record, a mais nova vice-líder no IBOPE, não quer ficar atrás. A nova novela do canal da Igreja Universal, que sucederá “Bicho do Mato”, trará o ator Cláudio Heinrich na pele de um gay. Na trama de “Caminhos do Coração”, o personagem de Heinrich, Danilo, será filho de Aristóteles (André Mattos) e herdeiro de uma empresa de saúde privada. Mas a vida do loirinho não será nada fácil. Com medo de que o pai descubra sua homossexualidade, Danilo apresentará Lúcia (Fernanda Nobre) como sua namorada. Ao longo da novela, Lúcia se apaixonará por Rodrigo (Ângelo Paes Leme), irmão de Danilo. Será a Record a primeira a mostrar um beijo gay no horário nobre? Sedentos por audiência, não seria de estranhar se os executivos da emissora decidissem por criar polêmica em torno da trama e assim, finalmente, passar sua rival número um no IBOPE. A estréia de “Caminhos do Coração” está prevista para julho. Paraíso Tropical E o casal gay de “Paraíso Tropical” apareceu no primeiro capítulo de terno e gravata, tudo muito sério. Nada de pinta. Nenhum sinal de que gostam da fruta. Pelo jeito, o autor da novela, Gilberto Braga, não mentiu em relação aos personagens de Carlos Casagrande e Sérgio Abreu: eles devem ser ainda mais assépticos que Rubinho e Marcelo, de “Páginas da Vida”. No início do ano, Gilberto deu uma entrevista para a Folha Online e disse que o fato de o casal de “Paraíso Tropical” ser de dois homens sarados e bem-sucedidos não tem nada a ver com estereótipos. “Acho que na teledramaturgia brasileira há espaço rigorosamente para tudo. Mas nossos gays são realmente lindos. O mais velho, com barriga, fica pra próxima”, esclareceu. Na tevê tupiniquim, demonstração de carinho e respeito, só para os “normais” heterossexuais.

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