O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova ordem executiva que visa cortar o financiamento federal de escolas públicas que incluem em seus currículos temas relacionados a relações raciais, racismo, educação sexual e questões LGBTQIA+. Essa medida, a ser assinada no dia 29 de janeiro de 2025, foi caracterizada pela Casa Branca como uma resposta à chamada “ideologia radical de gênero” e à “teoria racial crítica”, expressões que a direita política tem utilizado para criticar o progressismo.
Trump exige que a secretária de Educação, Denise Carter, apresente um plano em até 90 dias para eliminar o que ele considera “doutrinação” em instituições de ensino. Durante sua campanha, o presidente já havia prometido uma reforma no Departamento de Educação e a erradicação do que ele vê como influência de uma “agenda de esquerda” nas escolas, a qual chamou de “vírus woke”. Embora tenha cogitado abolir o departamento, essa ação requer aprovação do Congresso, que atualmente não possui apoio suficiente dos republicanos.
Além disso, Trump está preparando outra ordem executiva que poderá afetar estudantes estrangeiros que participaram de manifestações em apoio à Palestina nos últimos anos. Esta medida inclui a suspensão de vistos e a deportação de alunos que ele classifica como “simpatizantes do Hamas”. A ordem também solicita ao Departamento de Justiça que tome medidas contra atos de vandalismo e intimidação associados ao Hamas, além de investigar e punir o racismo antijudaico em universidades que ele considera esquerdistas e antiamericanas.
Essas ações refletem uma estratégia ampla de demonização de movimentos sociais que promovem a inclusão e diversidade, como a defesa dos direitos LGBTQIA+, e a luta contra o racismo, pilares que têm sido fundamentais para a luta por igualdade e justiça social. A comunidade LGBTQIA+ deve permanecer atenta a essas mudanças, pois elas podem impactar diretamente a educação e a cultura, além de reforçar estigmas e discriminações já existentes.
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