Enquanto na novela global “A Favorita” continua indefinido um possível relacionamento entre Catarina (Lilia Cabral) e Stela (Paula Burlamaqui), no folhetim português “Podia Acabar o Mundo”, exibido pelo canal SIC, as coisas começam a esquentar com o surgimento de um declarado romance lésbico entre duas protagonistas.
Na trama de Manuel Arouca, a médica Cláudia (Diana Chaves) e a estudante Sônia (Ana Guiomar) se conhecem em um hospital de Londres e rapidamente se apaixonam. A cena, que mostrará um beijo entre as personagens, deverá ir ao ar nas próximas semanas e está gerando expectativas positivas entre celebridades portuguesas, entre elas a apresentadora Solange F., que assumiu publicamente sua homossexualidade em março. “Falar do assunto numa novela é sinal de mudança”, disse Solange em entrevista ao jornal “Correio da Manhã”. “Começa a se notar, de fato, uma maior abertura de mentalidades”, acrescentou a apresentadora.
Segundo Manuel Arouca, em entrevista ao mesmo jornal, o tema da homossexualidade será “abordado nos seus vários ângulos”, inclusive em relação à família, já que a mãe de Sônia, Maria de Jesus (Custódia Gallego), é uma mulher católica e conservadora, e o pai, Toninho (Fernando Ferrão), também defende com unhas e dentes suas opiniões. O romance, diz o autor, vai “progredir de forma natural, sensível e real”, e beijos e carícias não vão ficar de fora, já que o objetivo é “tentar perceber o que se passa na cabeça e no coração destas personagens todas”.
Esta não é a primeira vez que a televisão portuguesa aborda a homossexualidade feminina em novelas. Em “Morangos com Açúcar”, da TVI, sugeriu-se uma relação entre duas mulheres, mas que não passou de um amor platônico.
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