As novelas da Globo sempre foram um importante reflexo da sociedade brasileira, mas algumas delas, ao longo dos anos, mostraram-se problemáticas e desatualizadas em relação a temas sensíveis. Neste artigo, vamos relembrar 10 novelas que, se fossem lançadas hoje, provavelmente enfrentariam severas críticas e seriam ‘canceladas’ pela falta de sensibilidade e representatividade. Vamos explorar como essas histórias, que em seu tempo foram sucesso, hoje são vistas sob uma nova luz, destacando a necessidade de um olhar mais inclusivo e respeitoso em narrativas de televisão.
1. **Da Cor do Pecado**: Com um título que sexualiza mulheres negras, a trama não apenas aborda questões de bullying homofóbico, mas também retrata de maneira estereotipada religiões de matriz africana. A falta de cuidado ao tratar esses temas delicados é uma das razões pelas quais a novela não se sustentaria nos dias atuais.
2. **Negócio da China**: Esta novela foi amplamente criticada por seu enredo raso e pela falta de representatividade no elenco, além de ter abordagens caricatas sobre personagens asiáticos. O título xenofóbico e a maneira como os personagens foram apresentados geraram controvérsias que, sem dúvida, seriam inaceitáveis hoje.
3. **Mulheres Apaixonadas**: A romantização de um relacionamento entre uma professora e seu aluno menor de idade levantou questões éticas, especialmente com um final que inclui gravidez e morte, tornando difícil a defesa de sua narrativa nos tempos modernos.
4. **A Favorita**: Embora tenha sido um grande sucesso, a história de Orlandinho, que se casou com Céu após uma relação inicial com Halley, falhou em representar a bissexualidade de forma sensível, sugerindo uma perigosa narrativa de ‘cura gay’.
5. **Malhação 1998**: Embora celebrada por suas histórias de superação, essa temporada enfrentou críticas devido a um arco com blackface, uma prática racista que foi cortada nas reprises posteriores, mostrando a necessidade de um olhar mais atento ao conteúdo.
6. **Êta Mundo Bom!**: A novela foi criticada por uma cena de blackface, que também foi cortada em uma reprise. Além disso, o uso incorreto do acento em “Êta” levantou discussões sobre a responsabilidade da televisão em educar seu público.
7. **Segundo Sol**: Ambientada na Bahia, a novela foi criticada pela falta de representatividade negra e por um arco LGBTQIA+ que não foi bem recebido, além de flertar com temas de incesto, o que levantou bandeiras vermelhas entre os espectadores.
8. **O Sétimo Guardião**: Acusada de plágio por Barbara Rastelli, que alegou semelhanças com seu livro, a novela levantou questões sobre propriedade intelectual e originalidade nas narrativas televisivas.
9. **O Tempo Não Para**: Apesar de ser elogiada, a novela utilizou termos homofóbicos, como a reafirmação do personagem Elmo de sua masculinidade, o que foi considerado ofensivo e ultrapassado nas redes sociais.
10. **Renascer**: Com uma abordagem sensacionalista sobre o personagem Buba, a novela utilizou o termo “hermafrodita” de forma exótica, sem tratar das questões de identidade de gênero de maneira respeitosa.
Essas novelas representam um legado que, embora tenha sido significativo em seu tempo, hoje nos ensina a importância da representatividade e da sensibilidade nos meios de comunicação. Ao revisitarmos esses folhetins, é fundamental refletir sobre como as narrativas podem e devem evoluir para incluir e respeitar todas as identidades e culturas.
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