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Novo disco do cantor “bissexual” Mika é mais do mesmo bem produzido

Em 2007 o cantor Mika, 25, foi escolhido como o fenômeno musical. Isso graças ao estrondoso sucesso do seu primeiro single, "Grace Kelly",  extraído de seu disco de estreia  "Life in Cartoon Motion". Para se ter uma ideia, meio milhão de pessoas acessaram a música em seu MySpace.

A consagração aconteceu, ele vendeu milhões de cópias de seu primeiro disco e agora é o grande momento da segunda obra. Essa é a grande maldição que acompanha todos os artistas bem sucedidos em suas respectivas estreias. Se vão pelo menos manter a qualidade do primeiro trabalho.

"The Boy Who Knew Too Much" é o título do segundo álbum de Mika, que tem formação na Royal College Of Musica. O trabalho não perde qualidade, mas também não apresenta nada de novo. Como sugere o título desta matéria, o trabalho é muito bem produzido, mas mantém a linha do disco anterior. Podemos dizer que nesse álbum há uma forte influência de Prince e de David Bowie na fase anos 70, quando este flertou com o R&B.

O novo trabalho de Mika, que se declarou bissexual em recente entrevista para a revista "Gay & Night", não é descartável, muito pelo contrário. É musica pop com alta qualidade e o moço realmente prova que tem talento. Porém, pode frustrar os fãs que esperavam algo de inovador. Também não há um single com a força de "Grace Kelly", mas vale a audição. Confira a seguir um faixa a faixa que nós fizemos do disco.

1- We are golden – alto astral, assim pode ser definida a música que abre o disco do cantor. Aqui ele já mostra que irá seguir o mesmo caminho de seu disco anterior: animado, diálogos no meio da música e refrões fáceis para o povo cantar junto. No refrão ele diz bem a que veio, "não somos o que você pensa, nós somos de ouro". Ui.

2- Blame it on the girls – o clima animado continua. A canção começa com uma voz de fundo e com um batidão e piano. Logo de cara mais refrões para decorarmos e sonharmos com um show dele no Brasil. Apesar de legal, parece muito com a primeira música.

3- Rain – não, não é um cover da Madonna. Aqui ele já se moderniza e a música abre com sintetizadores, todo um clima se constrói e estoura em um refrão muito legal. Aqui há todas as chances para essa canção se tornar um single. Essa é ótima para se dançar. A melhor até agora.

4- Dr. John – tudo começa com um violão, voz triste e piano. Mas não se engane, é só o começo. Logo ela se transforma em uma música perfeita para algum musical da Broadway.

5- I see you – depois de quase vinte minutos de alegria e pista, é hora pra fossa, uísque e cigarro. Forte candidata as paradas de músicas mais tocadas do mundo inteiro. Vale reparar no vocal impecável do moço nessa canção. E até aqui todas as músicas seguem bem produzidas.

6- Blue eyes – Mika resolve mostrar nessa faixa que é uma pessoa eclética no que diz respeito aos ritmos musicais e faz uma canção meio latina com batidas que lembram samba e bossa nova. A mais fraca até aqui.

7- Good gone girl – nossa, este disco está cheio de canções que podem render alguns trocados ao cantor. Animadinha e toda fofa. Mas cá pra nós, que todo esse bom humor do Mika começa a cansar em dado momento.

8- Touches you – batida forte, coral de alguma igreja pentecostal. E o Mika já começa se repetir. Muito competente o artista, porém, é homogêneo demais. Chega a ser enjoativo. Já da vontade de pular para a próxima faixa.

9- By the time – logo de cara parece que estamos escutando a Beyoncé… Mas não. Mika é o tipo de artista que até a metade do disco é muito legal, mas depois… A música é bonita, mas lembra muito "Rain". Tem tudo pra virar outro sucesso do moço.

10- One foot boy – canção de fim tarde, nem muito alegre e nem muito triste, vai crescendo e fica bem envolvente. Uma das melhores do disco juntamente com "Rain".

11- Toy boy – ele se declarou bissexual, mas convenhamos que a tendência dele… durante todo o disco praticamente só fala dos garotos. Ah, a música. É alegrinha parece que foi feita para desenho animado.

12- Pick up off the floor  – O disco está acabando. E até aqui não há um grande hit como "Grace Kelly". Nessa ele resolve fazer a linha "Susie e os Baker Boys" e fica parecendo mais uma travesti cantando com piano. Uó.

13- Lover boy – e ele volta a falar do que mais entende: meninos. Aloca. Previsível como foi em todo o disco, é claro que ele encerra com uma música alegre e toda caricata.

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