Informações divulgadas na segunda-feira, 22, pelo jornal russo “Novaya Gazeta”, o mesmo que denunciou em abril a perseguição e execução de homens suspeitos de serem gays na Chechênia, afirmam que o país voltou a executar outros homens pelo mesmo motivo. Segundo o noticioso, um dos mortos é um militar, integrante da Guarda Nacional russa. E o outro é um morador da cidade de Izhevsk, que passou um tempo em uma das prisões secretas da Chechênia, mas foi assassinado após sua libertação, quando já tinha conseguido fugir da república russa do Cáucaso. No começo de abril, o Novaya Gazeta denunciou a existência de campos de concentração onde homens supostamente homossexuais estariam sendo mantidos em cativeiro e, posteriormente, são executados. A Chechenia é uma república da Federação russa, com uma população majoritariamente muçulmana, guiadas pelo líder Ramzan Kadyrov. Após a repercussão mundial das denúncias, tanto Ramzan, quanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, se manifestaram negando os fatos. O Kremlin disse que as autoridades comprovarão a veracidade das acusações, enquanto Kadyrov disse está disposto a cooperar com as investigações.