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Número de ocorrências na Parada Gay cai 84%, diz Polícia Militar

Apesar das notícias ruins que circularam na manhã desta segunda-feira envolvendo a Parada Gay, que ocorreu ontem em São Paulo, o comando da Polícia Militar confirma que houve uma queda no registro do número de ocorrências durante a manifestação.

Segundo o tenente-coronel Orlando Taveiros, um dos responsáveis pelo policiamento na Parada, foram registradas apenas 89 ocorrências este ano (sendo que 75 delas foram furtos), 84% a menos que no ano passado, quando a PM contabilizou 589 denúncias. "A diferença este ano é que a polícia estava mais presente e espalhada em pontos estratégicos da avenida Paulista", analisa Taveiros, que assume que esse número poderá aumentar um pouco ao longo da semana por causa dos Boletins de Ocorrência que são registrados eletronicamente. "Mas esse número não deve ultrapassar de 150", acredita.

Ainda segundo o tenente-coronel, 1200 policiais militares cuidaram da segurança do evento, mas esse número foi ainda maior se contabilizados os seguranças contratados pela organização da Parada, os soldados da Tropa de Choque e viaturas da PM. No total, 2.200 pessoas estiveram envolvidas no esquema de segurança. "O número de policiais trabalhando no evento ajudou a prevenir a malandragem", afirma Taveiros. "Pela magnitude do evento, consideramos muito positiva a ação da PM", opina o tenente-coronel.

Outra preocupação da polícia durante a Parada foi com a venda de bebidas batizadas, como vinho e mel com pinga, feita por ambulantes. O tenente-coronel Orlando Taveiros disse que apreensão desses produtos, realizada em conjunto com a Guarda Civil, foi "grande", principalmente após a dispersão, na Praça Roosevelt. Para o recolhimento desses produtos, 10 caçambas foram disponibilizadas pela Prefeitura.

"Bomba"
Cerca de 20 pessoas ficaram feridas após a Parada devido à explosão de uma bomba caseira no Largo do Arouche. Segundo a reportagem do site G1, a maior parte das vítimas teve lesões leves e foi socorrida por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Para o tenente-coronel Orlando Taveiros, essa ações são isoladas e não podem ser entendidas como algo que ocorreu em consequência do evento. Taveiros confirmou que houve mesmo essa explosão, que alguns veículos de imprensa classificaram como "bomba", mas que, segundo o tenente-coronel, teria sido na verdade um rojão.

"Costumamos dizer que os arruaceiros são motivados por três fatores: oportunidade, risco e lucro. É evidente que alguém que está no meio da multidão pode ser uma vítima em potencial de criminosos. Por esse motivo, a PM precisa estar presente", diz.

Traumatismo craniano
Um homem de 35 anos sofreu traumatismo craniano durante a Parada Gay e está internado em estado grave na Santa Casa. Ele passou por uma cirurgia nesta madrugada e não tem previsão de alta.

Em outro caso, um adolescente de 17 anos foi agredido por um grupo de homens na esquina das ruas Frei Caneca e Dona Antonia de Queiroz. Inicialmente, foi informado que o rapaz teve traumatismo craniano. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, ele não teve traumatismo, está internado em observação e deve ter alta ainda nesta segunda-feira. As informações são do site G1.

Outros números
A Polícia Militar e a Associação da Parada do Orgulho GLBT (APOGLBT) preferem não comentar sobre a quantidade de público na Parada Gay deste domingo. Segundo a assessoria de imprensa da APOGLBT, esse número será divulgado apenas na próxima quarta-feira (17/06).

A previsão da entidade era que a manifestação reunisse 3,4 milhões de pessoas.

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