No estado de Minas Gerais, reporta-se um alarmante aumento no número de mortes violentas contra a população LGBTQIA+. Os números mostram um salto de mais de 60% – um dado preocupante que lança luz sobre as graves questões de violência e preconceito que essa comunidade continua a enfrentar em nosso país.
Conforme relatado pelo portal de noticias Barroso Em Dia, em 2020 foram registradas 27 mortes violentas que vitimaram membros da comunidade LGBTQIA+ em Minas Gerais, enquanto em 2019 foram 16, um aumento de mais de 60%. Esses dados foram levantados pelo Grupo Gay de Bahia (GGB), que há quatro décadas documenta a violência contra a comunidade LGBTQIA+ no Brasil.
Este aumento significativo no número de mortes violentas contra a população LGBTQIA+ é um forte indicativo dos desafios problemáticos que continuam a ser enfrentados por essas pessoas. Esta escalada de crimes de ódio não apenas reforça a existência de um viés de preconceito enraizado na sociedade, mas também aumenta a urgência de atuação sobre políticas de proteção e garantia dos direitos da população LGBTQIA+.
É crucial destacar que estes números só consideram as mortes registradas como crimes de ódio – homicídios e suicídios – sem contar a grande quantidade de casos de violência física e psicológica diária a que essas pessoas são submetidas. Esse sub-registro ocorre devido à falta de visibilidade de muitos casos de violência contra a população LGBTQIA+ e os desafios enfrentados por esta comunidade para denunciar esses crimes.
As autoridades locais e nacionais precisam reconhecer a gravidade desses dados e tomar medidas para fornecer à comunidade LGBTQIA+ a proteção e a justiça que eles necessitam. Investir em programas de conscientização, legislação mais rigorosa contra crimes de ódio e fornecer apoio adequado às vítimas de violência são ações necessárias para combater essa crescente onda de violência.
Este marco preocupante do aumento de 60% na violência contra a população LGBTQIA+ em Minas Gerais deve servir como um alerta sobre a necessidade urgente de ação e mudança social em prol de uma sociedade mais igualitária e justa para todas as pessoas, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual.