Acho que uma das coisas mais bizarras e divertidas desse começo de vida adulta é ver pessoas que você conhece há anos se casando e em junho desse ano reencontrei três amigas dos tempos de colégio, daquelas que você conhece na oitava série e depois disso vive diversas histórias boas e ruins na companhia delas. Não éramos amigas inseparáveis, mas ainda assim tivemos momentos incríveis juntas e por isso estávamos novamente reunidas, após muitos e muitos meses, no apartamento onde uma delas moraria assim que casasse com o namorado.
Apartamento novinho, prédio bacana, uma geladeira de dar inveja em qualquer pessoa que gosta de fazer caipirinha daquelas que saem gelo na porta e eu feito criança apertando aquele botão. Cerveja, caipirinha, quatro amigas, muito tempo longe, muito papo pra colocar em dia. Fofocas, assuntos sérios, emprego, faculdade, namoro…e, “E você Carol, continua com a mesma namorada que a gente conheceu?”
E está lançado o papo da noite. Em volta da mesa, uma única dyke, uma amiga hétero total apoiadora da causa GLS, outra hétero tentando agir com naturalidade e a terceira e última hétero a dona do apartamento fazendo novamente aquelas perguntas básicas: “mas como é como vocês fazem?”, “Você não pode dizer que não gosta de homem sendo que você nunca se relacionou direito com um…”.
Passado o assunto, falemos então do casamento que estava por vir em cinco meses. A promessa de que receberíamos o convite e a pergunta: “Se eu te convidar, você vai querer levar a sua namorada?” Respondi: “Claro, mas não vou ficar me pegando com ela na frente dos seus convidados, pode ficar tranqüila.”. Fica a discussão leva ou não leva a namorada por uns 10 ou 15 minutos, por fim: “Pode ficar tranqüila Carol, eu vou chamar você, claro que vou, imagina!”.
O casamento foi em novembro, mês passado, o convite não chegou e nem vai chegar. A confirmação do casamento e as fotos eu vi pelo orkut de uma amiga minha que nunca fez questão da amizade da noiva, mas que tava lá por conta de parentescos e afins. Nem minha outra amiga hétero, a mais legal, foi convidada afinal como quase sempre estamos juntas “ficaria chato” chamar uma e a outra não né?
Ficamos chateadas por diversos motivos e dentre tudo que eu queria dizer sobre isso, só vou dizer a mais bem humorada de todas:
PER-DE-RAM,
a chance quase que única, de me ver de vestido nessa vida!!
