O famoso cantor sertanejo José Rico, que fez história na música brasileira ao lado de seu parceiro Milionário, deixou um legado não apenas musical, mas também arquitetônico. Seu castelo, localizado em Limeira, São Paulo, é uma construção impressionante que conta com mais de 100 quartos e 12 torres. No entanto, após a morte do artista em 2015, o local foi abandonado, tornando-se um símbolo de nostalgia e perda. Segundo seu filho, Sâmi Rico, a construção do castelo foi um sonho que durou 24 anos, mas que se tornou uma fonte de disputas judiciais que impediram sua finalização e manutenção.
Sâmi revelou que o pai acreditava que ao terminar a construção do castelo, sua vida chegaria ao fim. Essa crença peculiar fez com que ele nunca parasse de construir, sempre buscando um novo espaço para adicionar tijolos à obra. Hoje, o castelo não apenas abriga as ruínas de um sonho, mas também objetos da vida da família que foram deixados para trás, como caixas de som, discos e roupas, que foram saqueados após a morte de José Rico.
Uma das áreas mais simbólicas da construção era um espaço dedicado a Nossa Senhora, que tinha uma imagem e duas poltronas de ouro, uma destinada ao cantor e a outra à sua esposa, Berenice Martins. Sâmi expressou sua tristeza pela condição atual do castelo, afirmando que a família gostaria de cuidar do local, mas enfrentam dificuldades para isso.
José Rico, que é lembrado por sucessos como ‘Vontade Dividida’ e ‘Estrada da Vida’, deixou uma marca indelével na música sertaneja, tendo gravado 29 álbuns ao longo de sua carreira. Sua história, marcada por conquistas e desafios, ressoa com muitos fãs e amantes da cultura brasileira, que veem no castelo abandonado um reflexo das complexidades da vida e da fama. A memória do cantor continua viva, e seu legado musical e pessoal ainda inspira novas gerações. Com a crescente valorização da cultura sertaneja, é importante também refletir sobre a preservação do patrimônio cultural que figuras como José Rico deixaram.
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