Foi realizada ontem a abertura oficial do 7º Encontro Nacional Universitário de Diversidade Sexual (Enuds) na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). As drags As Donas Drags ficaram responsáveis pela apresentação dos palestrantes de abertura.
A primeira a falar foi Tayane Rogeria Lino, da Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (GUDDS!) e da organização do evento. Tayna ressaltou a parceira com o grupo NUH e disse que o ENUDS traz à tona assuntos que "não são evidenciados pelo espaço acadêmico".
Em seguida quem discursou foi Dário Neto, da comissão do organizadora do Enuds em São Paulo e do grupo PRISMA da Universidade de São Paulo (USP). Para ele há uma lógica meritocrática nas direções da universidades que persistem em considerarem eventos como o Enuds algo "menos importante, por ser feitos por estudantes". Dário disse ainda que o comitê da USP não participaria, pois a "Reitoria nos boicotou após um documento onde repudiamos a invasão da Tropa de Choque na USP".
Seguindo a linha de raciocínio de Dário, o professor Marco Aurélio afirmou que pouco ajudou na organização do evento e que ter o seu nome como tal o "constrange", mas ressaltou a importância de um apoio institucional nos documentos. "Hoje há um espaço maior para a diversidade sexual nas universidades, mas ele vem com armadilhas, as estruturas não são repensadas e os gays ainda são constrangidos nas universidades". Por fim lembrou dos casos de homofobia na USP e na UFMG.
Francisco Giorgi, da Seceretaria de Direitos Humanos da UFMG lembrou aos presentes que o Programa Brasil Sem Homofobia tem sido parceiro e que "ações como essa (Enuds) ajudam a trazer mudanças", mas cobrou os participantes. "Quero deixar um desafio aqui: como transcender o nosso espaço e fazer chegar os nossos estudos a sociedade?", finalizou.
Ao fim dos discursos todos foram convidados para a primeira festa do Enuds, O Baile de Máscaras, onde o povo compareceu em peso e bateu cabelo ao som de Madonna, Lady Gaga, Beyoncé, entre outros artistas.