Quando foi dada a notícia da nomeação do Pastor/ Senador para o ministério da pesca, até mesmo os setores mais conservadores da sociedade ficaram estarrecidos. Trata-se de Marcelo Crivella, do PRB, agora Ministro.
Mais triste ainda foi à declaração do Ministro Pastor durante a sua posse de que a “religião qualifica a pessoa”. Uma declaração separatista, visto que, vocês que não aceitaram Deus não passam de um bando de gente desqualificada.
Confesso que me sinto muito bem no setor dos desqualificados.
A presidenta Dilma Rousseff chorou durante a posse do Pastor. Resta saber se ela chorou por estar nomeando um Pastor, ou se chorou por que se sentiu desqualificada, visto que é ateia.
A nomeação do Pastor revela que a política de coalizão necessita ser debatida e até que ponto é realmente boa para a consolidação da Democracia. Pois, se Dilma nomeou o Pastor para atender os anseios de boa parte da Bancada Fundamentalista, que faz parte da coalizão governamental, isto revela que antes de tudo, a presidenta não respeita o Estado Laico e assim, a nomeação do Pastor deveria ser considerada inconstitucional. E a política de coalizão esquecida no Brasil.
Mais do que nunca o debate sobre a reforma política deve ser feito e aplicado. Mas nenhum parlamentar quer.
Além da questão da Laicidade do Estado, outra questão que o agora Pastor do Governo Federal carrega em seu currículo é a homofobia declarada. Ao nomear o Pastor para ser ministro, o governo Federal trabalha para fortalecer a ideia de que a homossexualidade é sim uma doença, que deve ser tratada… Não se trata apenas da nomeação de um sujeito conservador, mas sim de um Pastor com discurso fascista.
O Fundamentalismo adentra o governo federal, os Direitos Humanos choram e o Estado Laico se torna cada vez mais uma peça de ficção cultuada por um pequeno grupo de pessoas desqualificadas que não aceitaram Deus em sua vida.